Assange: Defesa consegue adiar sentença


30/05/2012


O jornalista australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks, deve ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de quatro supostos crimes de agressão sexual, incluindo um estupro, denunciados por duas mulheres em Estocolmo. A decisão foi aprovada por cinco votos a sete pela Suprema Corte britânica, contudo, a defesa solicitou e conseguiu o adiamento da sentença por 14 dias para solicitar formalmente a reabertura do caso.
 
-Eles nos deram duas semanas para apresentar nossos argumentos por escrito sobre o fato de a maioria dos juízes ter decidido com base em elementos que nunca foram discutidos durante a análise dos recursos nos dias 1 e 2 de fevereiro, disse Gareth Peirce, uma das advogadas de Assange.
 
Segundo ela, a referência da Suprema Corte no veredicto à Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados Internacionais constitui uma “violação de seu direito a um julgamento justo”.
Se a Suprema Corte rejeitar este requerimento, Assange terá uma última possibilidade de apelar em um prazo de sete dias à Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH) de Estrasburgo (França), que, por sua vez, disporia de outros 14 dias para se pronunciar sobre a admissibilidade.
 
Antes da Suprema Corte britânica, o tribunal de primeira instância e o Tribunal Superior de Londres já haviam autorizado a extradição.
Apesar de ter admitido ter tido relações sexuais consentidas com as duas denunciantes durante uma estadia em Estocolmo, o australiano afirma que o caso tem motivação política pela divulgação no site WikiLeaks de milhares de documentos diplomáticos americanos confidenciais.
 
*Com AFP.