Mais uma foto para provar a farsa da ditadura


09/03/2012


Uma foto divulgada pelo Deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) reforça a tese de que o suposto “suicídio” de Vladimir Herzog foi realmente uma farsa. O parlamentar disse ao Globo que a fotografia é muito esclarecedora sobre as condições reais da morte do jornalista, ocorrida em 25 de outubro de 1975, nas dependências do DOI-Codi de São Paulo.
 
— Omitida na época, a foto reforça a farsa do suicídio de Herzog, porque mostra mais claramente a posição das grades da cadeia, disse o deputado ao jornal carioca.
 
Na fotografia distribuída aos jornais na época da morte de Herzog vê-se a imagem do seu corpo amarrado por uma corda no pescoço, onde não aparece a parte de cima das grades. Essa imagem foi usada pelo Instituto de Criminalística para justificar a versão de que Herzog teria se suicidado — que não fora assassinado na prisão.
 
Miro Teixeira divulgou a cópia da fotografia e uma carta do General Newton Cruz ao seu superior General João Baptista de Figueiredo, na época chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI). Segundo o Globo, na carta Newton Cruz fala em “disputa interna pelo poder no comando do regime” e garante que a foto não fora distribuída à imprensa. O material foi publicado também no site WWW.leidoshomens.com.br, na terça-feira, 6 de março.
 
 
Para reforçar que Herzog jamais poderia ter provocado a própria morte, ao analisar a imagem apresentada por Miro Teixeira, o site comenta que “a cinta passada em torno do pescoço da vítima estava amarrada em uma barra de ferro a 1,63 m de altura, o que impedia a suspensão em vão livre do corpo de Vladimir Herzog”.