Livro leva PSDB a processar jornalista


27/12/2011


 
O PSDB anunciou nesta segunda-feira, 26 de dezembro, em seu site, que vai entrar com uma ação na Justiça contra o livro “A privataria tucana” (Geração Editorial) e o autor da obra, jornalista Amaury Ribeiro Jr. A Executiva Nacional do partido diz que o livro “é um apanhado de documentos que não provam nada e tenta trazer, novamente, à tona a CPI do Banestado, realizada e encerrada em 2003”.
 
 
De acordo com o PSDB, foi feita uma avaliação preliminar no livro que teria detectado ao menos 345 erros. O partido alega que a obra de Amaury Ribeiro Jr. seria uma tentativa do jornalista de desviar o foco da opinião pública do País, “para uma série de denúncias e escândalos e corrupção do Governo do PT”.
 
 
Em entrevista ao blog do jornalista José Nogueira, do Diário de Pernambuco, o Presidente do PSDB, Deputado federal Sérgio Guerra (PSDB-PE), disse que o livro está sendo distribuído no momento em que o Governo federal tem a sua imagem desgastada por causa de denúncias publicadas na imprensa:
— Uma velha denúncia, velha ameaça que agora surge, outra vez, na forma de um livro distribuído e à venda nos últimos dias. Primeiro é importante dizer que o autor do livro não recomenda o livro. Não se trata exatamente de um profissional, muito menos de uma pessoa isenta, cuja palavra mereça muita consideração, declarou o deputado.
 
 
 
O livro de Amaury Ribeiro Jr. foi lançado no início do mês de dezembro. Em seu conteúdo são citados documentos e informações que apontam o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio, que também foi caixa de campanha do PSDB, como supostamente envolvido em um esquema de propinas relacionado aos consórcios de privatizações.
 
 
O nome do ex-Governador de São Paulo, José Serra, também é citado no livro, por causa do suposto envolvimento de parentes dele no desvio de recursos públicos oriundos da venda das estatais. A filha do ex-candidato do PSDB à Presidência da República, Verônica Serra, é apontada no livro de Ribeiro Jr. como uma das suspeitas de participar dos supostos esquemas de desvio de dinheiro, durante o processo de privatizações do Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
 
 
Segundo comentário do jornal Folha de S.Paulo, em um trecho da publicação, Verônica Serra aparece como sócia de Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, antigo controlador da Brasil Telecom, na empresa Decidir, de prestação de serviços financeiros pela internet, que segundo a Folha “foi formada após a privatização da Telebrás”.  
 
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Verônica Serra divulgou uma nota rebatendo todas as acusações que pesam sobre ela no livro, negando inclusive que tenha sido sócia da irmã de Daniel Dantas: “Não fui sócia de Verônica Dantas, apenas integramos o mesmo Conselho de Administração. Participar de um mesmo Conselho de Administração, representando terceiros, o que é comum no mundo dos negócios, não caracteriza sociedade. Não fundamos empresa juntas, nem chegamos a nos conhecer”, afirma a filha de José Serra em nota divulgada pela imprensa.  DIV>

 
 
* Com informações da Folha, Estadão, Globo e PSDB.