ABI exige medidas urgentes de proteção à vida de jornalistas


09/08/2015


NOTA OFICIAL

ABI EXIGE MEDIDAS URGENTES DE PROTEÇÃO À VIDA DE JORNALISTAS

Gleydson Carvalho é o terceiro comunicador assassinado em 2015

 

Rio de Janeiro, 7 de agosto de 2015.

A Associação Brasileira de Imprensa reiterou ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a necessidade de medidas urgentes de proteção ao trabalho de jornalistas, que têm sido vítimas de uma escalada de violência no País. No último dia 13 de julho, a entidade já havia protocolado pedido de audiência com a intenção de apresentar soluções concretas para tão grave  questão.

O radialista Gleydson Carvalho foi o terceiro comunicador assassinado em 2015. Ele foi morto nesta quinta-feira (dia 6), na cidade de Camocim, no litoral do Ceará, no exato momento em que apresentava o programa “Liberdade em Revista”, na Rádio FM Liberdade. Há algum tempo ele vinha sofrendo ameaças de morte, pelo Facebook, em função das denúncias contra políticos da Região.

Carvalho, agora, faz parte de uma lamentável estatística que só, neste ano, já contabilizou três mortes de comunicadores, em pleno exercício da profissão. Sendo que a mais trágica delas aconteceu no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, onde o jornalista Evany José Metzker foi decapitado. Ainda naquele mês, o radialista Djalma Santos da Conceição, foi sequestrado, torturado e morto com 13 tiros na cabeça, na localidade de Conceição da Feira, na Bahia.

Recentemente, na cidade de Andradina, no interior de São Paulo, o jornalista Moisés Eustáquio teve a sua casa metralhada. De acordo com levantamentos realizados pela Federação Nacional de Jornalistas – FENAJ – outros 89 profissionais, a exemplo de Eustáquio, têm suas vidas ameaçadas sem qualquer proteção por parte do Estado.

Para a ABI, os assassinatos, agressões e ameaças a comunicadores são crimes não só contra os profissionais mas também contra a Liberdade de Expressão e a Democracia. A falta de medidas de proteção ao exercício da profissão transforma-se em verdadeira calamidade no Brasil.

Leia abaixo o teor do documento enviado pela ABI ao Ministério da Justiça:

Correspondência ao Governador Camilo Santana - ABI