50 anos sem Heleno


22/12/2009


Gilda, Gilda, Gilda…! Esse grito ecoava pelos estádios onde Heleno encantava as platéias com seu fabuloso futebol. Eram as torcidas adversárias, provocando o inquieto centro-avante do Botafogo. O nome Gilda era uma alusão a temperamental personagem da atriz Rita Rayworth no filme “Gilda” de grande sucesso de bilheteria nos anos 40. 

Esse cracaço de bola que levava ao delírio os torcedores alvi-negros e provocava a ira dos adversários foi mais ilustre filho da pequena cidade mineira de São João Nepomuceno e chamava-se Heleno de Freitas. Quando o garoto Heleno estava com 13 anos, sua mãe, após o falecimento do marido, veio para o Rio de Janeiro. O lugar escolhido foi Copacabana, bairro onde Heleno viveu a adolescência e se tornou adulto. O futebol de praia passou a fazer parte do seu cotidiano. Como jogava bem, o conhecido Nenem Prancha, seu treinador, o levou para jogar no Botafogo. No alvinegro atuou de zagueiro até o clube extinguir a equipe juvenil, em 1936, tendo estreado em 3 de agosto de 1935 no triunfo sobre o São Cristóvão por 3 a 2, na preliminar do amistoso entre Botafogo e Santos, em General Severiano. O alvinegro goleou o time santista por 9 a 2, gols Carvalho Leite 3, Russo 2, Leônidas 2, Patesko 1 e Álvaro 1. 

Com 16 anos, Heleno tomou o rumo das Laranjeiras, onde encontrou o técnico uruguaio Carlomagno que, após observá-lo nos treinos, o colocou como centro-avante. Na época Heleno jogava de half esquerdo.

A mudança de posição 

No dia 1º de maio de 1936, Heleno estava a passeio em São João Nepomuceno, sua cidade natal, e aceitou o convite do Operário, campeão local, para integrar seu time, contra o Olímpico F.C. do Rio. Foi uma exibição de gala do half esquerdo Heleno. 

Depois quando passou a jogar de centro-avante, Heleno defendeu às cores do Fluminense nos campeonatos amadores de 1937, 38 e 39. No primeiro ano, formou no tricolor a linha atacante com Ari Menezes, Eloi, Heleno, Preguinho e Raul. O treinador chegou a afirmar: “Está aqui um dos futuros craques do futebol brasileiro. Mas, seu temperamento…”
Tinha início uma das mais brilhantes e conturbadas carreiras da história do futebol brasileiro. A especialidade de Heleno eram os gols marcados de cabeça. Desviava as bolas altas com perfeição, deixando os goleiros adversários sem ação.

O retorno a General Severiano 

Devido a um desentendimento com Carlomagno, Heleno realizou o desejo de seus amigos que o queriam de volta ao Botafogo. Em General Severiano, ele substituiu o artilheiro Carvalho Leite, ao lado do qual atuou algumas partidas. Sua presença foi marcante na vida do futebol alvinegro de 39 a 48. Seu comportamento caracterizava-se pela instabilidade emocional. Muitas expulsões de campo, reclamações com os colegas nos jogos e nos treinos, desentendimentos com a diretoria do clube, grandes atuações, gols maravilhosos. O bacharel em Direito, Heleno, era o tipo perfeito do grã-fino. Vestia-se com roupas impecáveis e a sua coleção de gravatas causava inveja nos círculos sociais por ele freqüentados. Enfim, quem era verdadeiramente Heleno de Freitas?

Surgem as provocações 

No dia 28 de setembro de 1947, na 9a rodada, do campeonato carioca, o Botafogo venceu o Fluminense, em Álvaro Chaves, por 2 a 1, gols de Geninho e Teixeirinha, descontando Rubinho para o tricolor. Nesse jogo, a torcida do Fluminense para irritar o atacante botafoguense, começou a chamá-lo aos gritos de “Gilda! Gilda!…” e mais tarde de “Helena! Helena!…” Depois do jogo, carregado por torcedores do Botafogo, Heleno passava a mão no rosto e gritava: “Pó de arroz! Pó de arroz!” 

No sul-americano de 45, em Santiago, e um ano depois, em Buenos Aires, o futebol de Heleno maravilhou as platéias que o assistiram. A partir daí, foram freqüentes às tentativas para contratá-lo, as quais encontraram sempre a resistência por parte do Botafogo. Um dirigente do Gimnásio y Esgrima chegou a vir ao Rio para negociar com a diretoria alvinegra. Algumas declarações de Heleno sobre sua saída do clube criaram desencontros entre ele e a diretoria, especialmente, com Carlito Rocha.

O interesse do Boca e a saída do Botafogo 

Na edição de 9 de maio de 1947, a revista “Boca”, de Buenos Aires, com Heleno na capa, anunciava: “La maxima estrella carioca vestira la camisa auriazul – Heleno la estrella más brilhante del cielo futebolístico brasileño, el hombre que superó las hazañas del célebre “Diamante Negro” Leônidas, firmará contrato com el Club Boca Junirors. Se convertió, así la de Heleno, en la transferência más sensacional de la temporada, y Boca incorporará a sus filas a um crack de perfiles extraordinários”. 

Contam que a conversa entre Carlito Rocha e Heleno foi pura emoção. Carlito querendo saber da verdade e Heleno com dificuldade de confirmar sua decisão de deixar o Botafogo.
O Botafogo inaugurou os refletores de General Severiano, no dia 29 de maio de 1948. A festa teve a presença do Clube Atlético Paranaense e o jogo terminou com o empate de 0 a 0. A equipe alvinegra atuou com Osvaldo, Gerson e Santos; Marinho, Ávila e Juvenal; Nerinho, depois Paraguaio, Geninho, Heleno, Pirilo, depois Otávio, e Reinaldo. Era a despedida de Heleno do seu Botafogo.

Heleno veste a camisa do Boca 

A estréia de Heleno, no Boca Juniors, transformou-se no grande acontecimento esportivo do ano na Argentina. Num grande furo, o bom amigo e brilhante locutor esportivo Luís Mendes, hoje o comentarista da “Palavra fácil”, transmitiu, com exclusividade, pela Rádio Globo a partida entre Boca e Banfield. A equipe de La Bombonera venceu por 3 a 0 e Heleno marcou 2 gols. A torcida sentiu a presença de um novo ídolo e substituiu o grito de guerra “Boca! Boca!” por “Heleno! Heleno!” 

Luís Mendes acompanhou de perto vários momentos da carreira de Heleno de Freitas:
“Uma vez eu vi o Heleno num jogo contra o América. O Botafogo perdia por 3 a 0 e o Heleno reclamava de todos os companheiros. Quando ele chegou na linha lateral, o Ondino, que passou trinta anos no Brasil e não falava português, disse: “Lle voy responzabizar por el revez”. Aí, Heleno fez o primeiro gol, o segundo, o terceiro e quando colocou o Botafogo 4 a 3 no placar, veio de lá, chegou perto do Ondino e falou: “Seu castellano filho disso, agora me responsabilize”. 

Alguns insucessos do time, somados aos desentendimentos com companheiros do elenco, foram diminuindo o prestígio de Heleno com a torcida e no clube. Quando o Boca veio ao Rio de Janeiro no dia 1o de setembro de 48 e ganhou do Vasco, em São Januário, por 5 a 3, Heleno ficou no banco o tempo todo na reserva de Geronis.

O retorno ao Brasil e a briga com Flávio Costa 

Ao regressar a Buenos Aires, Heleno teve sério atrito com o peruano Gomes Sanchez de desagradáveis conseqüências. Ele aproveitou a greve dos jogadores na Argentina e viajou para o Rio, com o objetivo de negociar a sua volta ao futebol brasileiro. Procurou o Botafogo, mas a receptividade não foi a que ele esperava. Carlito Rocha alegou contenção de despesa. Chegou a treinar no Flamengo, porém o preço do seu passe, a Lei do estágio estabelecido pelo CND e as opiniões contrárias a sua aquisição impediram-no de vestir a camisa rubro-negra. Logo depois, surgiu o interesse do Vasco, cujos dirigentes habilmente contornaram as dificuldades e trouxeram Heleno de Freitas para o clube. 

A estréia com a camisa do Vasco aconteceu contra o Rapid, de Viena, em São Januário. O time vascaíno derrotou os austríacos por 5 a 0.Heleno marcou 3 gols e Ademir completou o placar. O Vasco conquistou invicto o campeonato carioca de 1949 e Heleno teve importante participação na conquista do título. 

Magoado com Flávio Costa por não o ter convocado para a Copa do Mundo de 50, Heleno transferiu-se para o futebol colombiano, onde defendeu o Atlético Juniors de Barranquilla. Antes de embarcar, em várias entrevistas, fez sérias acusações a Flávio Costa, que prometeu na primeira oportunidade acertar contas com o atacante. 

O comportamento de Heleno tornava-se cada vez mais estranho. Num jogo do Atlético de Barranquilla, não satisfeito com a atuação de alguns companheiros, abandonou o campo e uniformizado caminhou pela rua até o hotel.
Ao regressar do exterior, procurou os dirigentes do Vasco para um entendimento. Flávio Costa quando soube da presença de Heleno, em São Januário, interrompeu o treino e procurou o jogador. Na discussão entre os dois, Flávio deu um soco em Heleno que tentou revidar. Com a chegada de outras pessoas a briga terminou.

O início do fim 

Depois de meteórica passagem pelo Santos, Heleno parou no América. Considerada por muitos uma contratação de risco, Heleno, ainda, fora de forma estreou contra o São Cristóvão, substituindo o meia Maneco. O dia 4 de novembro de 1951 marcou o primeiro e último jogo de Heleno, no Maracanã. O América perdeu por 3 a 1 e após a partida, Heleno, isolado no canto do vestiário, se irritou com um fotógrafo que se aproximara e partiu para agressão. Foi a melancólica despedida dos gramados de um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro. 

No Maracanã, nesse dia, estava Rômulo, seu irmão, que achou estranhas algumas atitudes de Heleno durante a partida. Preocupado, comentou com sua mãe a necessidade de Heleno procurar um médico para opinar sobre seu comportamento. Heleno esteve internado numa clínica psiquiátrica na Tijuca e após ficar um período na casa de sua genitora, viajou para Juiz de Fora, onde passou uma temporada na residência de sua irmã. De Juiz de Fora, Heleno foi para a sua cidade natal. Na casa de seu irmão Heraldo, seu estado de saúde se agravou. Finalmente, na Casa de Saúde Santa Clara, em Belo Horizonte, a sífilis cerebral que o acometia há vários anos foi diagnosticada.
Na Casa de Saúde Esperança, em Matias Barbosa, Heleno se submeteu a mais um tratamento que não deu resultado. Seu estado de saúde irreversível o levou a ser internado na Casa de Saúde São Sebastião, em Barbacena, aonde veio a falecer no dia 8 de novembro de1959. 
BR>Durante os cinco anos em Barbacena, a alegria esteve presente no dia 14 de outubro de 1956, quando recebeu a visita dos jogadores do seu Botafogo. Os alvinegros venceram o Olímpico daquela cidade por 5 a 1. Nilton Santos que esteve com Heleno naquele dia, conversando conosco em General Severiano, disse: “Ele falava muito em grandeza. Não estava bem”.
Em homenagem a Heleno de Freitas e a Albert Laurence transcrevemos o texto desse grande jornalista francês radicado no Brasil, publicado no jornal Ultima Hora, na edição de 10 de novembro de 1959, dois dias depois do falecimento de Heleno.

Adeus a Heleno 

Heleno de Freitas foi o maior centro-avante que encontramos em quase meio século de freqüência aos estádios de futebol do mundo inteiro. O maior, pelo menos, na nossa concepção pessoal da maravilhosa e dificílima posição de comandante de ataque. O maior, porque sintetizava perfeitamente, a nosso ver, a combinação ideal do center-forward europeu clássico, desbravador de defesas, e do jogador brasileiro, de habilidade extraordinária. O maior, porque era, de uma vez só, um batalhador terrível e um cerebral, juntando a inteligência do jogo e a inspiração genial ao espírito de luta e a vontade de vencer, possuindo malabarismo e eficiência, chutando com os dois pés e cabeceando magnificamente, em breve um jogador completo, apesar de defeitos psicológicos conhecidos, e sobre os quais seria cruel insistir hoje, quando Heleno de Freitas faleceu em autêntica tragédia. 

Tínhamos guardado a lembrança de um Leônidas extraordinário na Copa do Mundo de 1938 na França. E, admirando particularmente esse posto de líder conservávamos carinhosamente na memória imagens de muitos grandes centroavantes, desde esse George Orth, o veterano húngaro, hoje técnico no Peru, até o italiano Piola, passando pelo francês Paul Nicolas e por britânicos excelentes: Buchan, Lambert, Dixie Dean, Gallacher e Lawton. Mas quando chegamos ao Brasil, descobrimos Heleno, então titular do Botafogo e do “scratch” nacional com uma admiração comovida. 

Era este, mesmo, o centro-avante ideal com quem tínhamos sonhado durante tantos anos, e foi ele, que nos ensinou o caminho constante de General Severiano, meses antes de começar a trabalhar na imprensa esportiva brasileira. E foi ele o maior de todos porque o uruguaio Petrone das vitórias olímpicas uruguaias e os argentinos Stabile e Pedernera, por exemplo, eram mais “infiltradores”, e porque Ademir e Pelé foram ou são mais “pontas-de-lança”. Ele era o centro-avante mesmo… 

Quando Heleno deixou o alvinegro, acompanhamos com simpatia sua carreira tumultuada no Boca Juniors, no Vasco, no Atlético Juniors de Barranquilla, na Colômbia, e sua agonia no América. Ainda tentamos facilitar sua contratação pelo Nice francês onde estava seu amigo Yeso, seu antigo companheiro de quadro do Boca Juniors, pensando que uma mudança total de ambiente pudesse talvez ter uma influência feliz sobre seu estado de saúde. Mas tivemos de nos entregar à evidência: Heleno o centro-avante não existia mais… 

Eis porque consideramos como um dever afastar hoje os outros assuntos da atualidade esportiva para nos curvar, comovido, ante o túmulo prematuramente aberto do jogador que nos dispensou momentos inesquecíveis de vibração mais pura: a de quem gosta sinceramente do maravilhoso jogo da bola, e que, sem ajuda do primário espírito de torcida, se entusiasma quando esse jogo atinge como era no caso de Heleno, aos limites da arte…

Nota – Albert Laurence era pai do querido companheiro de tempos idos e brilhante jornalista Michell Laurence e da excelente atriz Jaqueline Laurence.

Quando o time juvenil do Botafogo foi extinto, Heleno passou a defender o Fluminense.

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Nas Laranjeiras, Heleno (6º em pé a partir da esquerda) além de jogar no juvenil, disputou as temporadas de 37, 38 e 39 no time amador ao lado de Preguinho (7º em pé a partir da esquerda) e de Eunápio de Queirós (último agachado) que se tornou um dos principais árbitro brasileiros.

Em maio de 1940, na 2ª rodada do campeonato carioca, o Botafogo venceu o São Cristóvão por 2 a 0. Heleno substituiu Carvalho Leite, no 2º tempo, e foi autor dos gols da vitória alvinegra. O Botafogo era dirigido pelo técnico húngaro Dori Krueschener que tinha deixado o Flamengo. Heleno abriu a contagem depois de excelente jogada de Patesko. Em impedimento, Heleno encerrou o placar em lance confirmado pelo árbitro Pereira Peixoto.

No dia 24 de novembro de 1940, em General Severiano, a equipe alvinegra quase tira o Flamengo da liderança. 1 a 1 foi o resultado do jogo gols de Zizinho e Heleno. Equipe do Botafogo com Heleno jogando ao lado de Carvalho Leite: Canali, Zezé Procópio, Aymoré, Grahan Bell, Zezé Moreira e Nariz; Paschoal, Heleno, Carvalho Leite, Geninho e Patesko.

Heleno e seu companheiro Pirica, em junho de 1941. Pirica se fez profissional no Fluminense, jogou no Olímpico Clube e no América e finalmente vestiu a camisa do clube de seu coração, o Botafogo.

Na 8ª rodada do turno do campeonato carioca de 1941, o Botafogo quebrou a invencibilidade do Flamengo ao vencê-lo por 3 a 1, na Gávea. Fizeram os gols Zizinho (Fla 1 a 0), Paschoal, Pirica e Geraldino. Equipe alvinegra que derrotou o Flamengo: Caeira, Zezé Procópio, Borges, Zarcy, Aymoré, Santamaria e o técnico Ademar Pimenta; Paschoal, Geraldino, Heleno, Geninho e Pirica.

Em abril de 42, na 2ª rodada do campeonato carioca, Botafogo e Flamengo empataram por 1 a 1, em Álvaro Chaves, gols de Zizinho e Heleno. O centro-avante salta com Yustrich. Na expectativa estão Domingos da Guia, de costas, e Alfredo Gonzales.

Na 5ª rodada, do 2º turno, do campeonato carioca de 1942, o Botafogo mantinha-se como vice-líder após a vitória por 4 a 3 diante do São Cristóvão, em Figueira de Melo. Heleno (2), Gualter (contra) e Gonzales foram os artilheiros do Botafogo. Caxambu (2) e Santo Cristo (pênalti) marcaram para os cadetes. Heleno, marcado por Mundinho, domina a bola.

Na 6ª rodada do campeonato carioca de 1942, o Botafogo ganhou do Fluminense por 2 a 1, mantendo-se invicto e assumindo a liderança. O jogo realizado no campo do Botafogo, teve como artilheiros Maracaí (Flu 1 a 0), Gonzales (1 a 1) e Heleno (2 a 1). Equipe do Botafogo que assumiu a liderança do campeonato carioca de 1942, após vencer o Fluminense: Caeira, Zarcy, Alberto, Santamaria, Borges e Ari; Patesko, Geninho, Heleno, Gonzales e Pirica. Em 42, o Botafogo ficou com o vice-campeonato atrás do Flamengo e Heleno foi o artilheiro com 29 gols.

Heleno comemora com Patesko o gol da vitória alvinegra, aparecendo Batatais e Norival que reclamam da posição duvidosa do atacante botafoguense. Aparecem mais atrás Renganeschi e Espinelli.

No sul-americano de 1945, Heleno formou o ataque brasileiro com Tesourinha, Zizinho, Ademir e Jorginho. O Brasil nesses dia venceu a Bolívia por 3 a 0.

Heleno renova contrato com o Botafogo em 1947, na presença de seu amigo João Saldanha, diretor de futebol.

Heleno com a camisa do Boca Juniors.

No Vasco, Heleno fez parte do “Expresso da Vitória”, em 1949.

Na goleada de 8 a 1 sobre o Bonsucesso no campeonato carioca de 1949, Heleno de virada marca para o Vasco.

Com a camisa do América antes do jogo São Cristóvão 3 a América 1, no campeonato carioca de 1951. Foi a primeira e única partida de Heleno no Maracanã.

Em Barbacena, onde nos deixou no dia 8 de novembro de 1959, Heleno relembra seus dias de fama.