Zé Pereira: uma revista sobre os costumes do Rio


05/03/2008


Embora tenha apenas quatro números publicados desde que foi lançada, em julho do ano passado, a revista Zé Pereira pretende se firmar no mercado editorial “como uma revista que fala do Rio de Janeiro real”. Quem afirma é o editor Eduardo Souza Lima:
— A cidade tem três revistas semanais (Veja Rio, Revista Globo e Domingo), que em suas edições falam dos mesmos lugares e das mesmas pessoas. O conteúdo delas é semelhante, todas adotam a mesma linguagem para falar das celebridades que estão na mídia. Zé Pereira é diferente, mostramos o Rio que ninguém noticia, mas que existe e é muito mais real.

Teoricamente, a revista deveria circular com periodicidade mensal, mas, devido à falta de anunciantes, a publicação, cuja 5ª edição está sendo preparada, tem sido distribuída bimestralmente:
— Estamos brigando para conquistar os anunciantes, por isso nossa meta de circulação ainda não foi atingida, Porém, a partir do próximo número, que deve sair no fim de março ou no início de abril, esperamos que a situação se normalize — diz o editor.
 

 Anna Azevedo

A idéia da Zé Pereira é do próprio Eduardo, que contou com o apoio de amigos da imprensa e da área de cultura em geral para transformá-la em realidade. O principal objetivo da revista é se apresentar ao leitor “como um projeto jornalístico responsável, atento à rica variedade cultural carioca”. No Conselho Editorial estão colaboradores como a cineasta Anna Azevedo, os designers Olívia Ferreira e Pedro Garavaglia (responsáveis pelo projeto gráfico) e Roberto Ribeiro, dono da editora Casa 21. Recentemente juntaram-se ao grupo os jornalistas Mauro Trindade e Luiz Bello.

Objetivo

A Zé Pereira pretende se firmar como um produto editorial atraente, em preto e branco, que tem seções de crônicas, contos, poesia e quadrinhos reserva espaço para “traçar o perfil de cariocas ilustres” e investe em reportagens que os editores consideram “reflexivas dos modos e costumes do Rio de Janeiro do século XXI”.

Apesar das dificuldades financeiras, que afetam sua distribuição, Eduardo Lima acha que a revista atingirá seus objetivos:
— Ela já é quase uma unanimidade, quem lê gosta muito. Os nossos problemas são a promoção, que ainda funciona na base do boca a boca, e a distribuição, que ainda não atinge todos os pontos da cidade.