Sindicato contesta fotógrafo Ramalho


01/02/2013


Em extensa carta dirigida aos leitores do “Jornal da ABI”, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro contestou o repórter Daniel Ramalho e o acusou de cometer “leviandade ao afirmar no portal Terra, na matéria” No metrô de Nova York, uma imagem que suscita mil palavras, que “se compra o registro profissional de repórter fotográfico em Niterói”.
 
Na carta, firmada por seu Presidente, Continentino Porto, o Sindicato acusa Ramalho de mentir e omitir que para o registro profissional o Sindicato exige a apresentação de numerosos documentos, pormenor omitido por Ramalho em suas declarações no portal Terra.
 
Continentino dirigiu-se aos leitores do “Jornal da ABI” porque a entrevista de Ramalho teve trechos reproduzidos na matéria que a publicação da Casa divulgou em sua Edição 385, data de capa dezembro de 2012, páginas 24 e 25. É esta a contestação do Sindicato:
 
“SJPERJ responde a uma mentira
 
Informamos aos leitores do Jornal da ABI que o fotógrafo Daniel Ramalho, do portal Terra no Rio de Janeiro, cometeu uma leviandade ao mentir na matéria “No metrô de Nova York, uma imagem que suscita mil palavras”, afirmando que se compra o registro profissional de repórter fotográfico em Niterói. A matéria foi editada no Jornal da ABI – Edição 385, de dezembro de 2012.
 
Dessa forma, Ramalho induz os leitores a concluir que em Niterói, cidade sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SJPERJ), vendem-se registros.
Como comprovação da mentira assacada por Daniel Ramalho, registramos a existência de uma lista de exigências, que enviamos anexo para que o profissional comprove sua atividade.
 
O fotógrafo afirma também que “quando eu tirei meu registro profissional tive que, além de comprovar minha atuação em veículo de imprensa por longo tempo, apresentar uma carta de empresa que seria contratado para a função e fazer uma prova de conhecimentos técnicos de fotografia, jornalismo e ética”.
 
Sobre o que afirmou ter apresentado para obter seu registro, uma das exigências do SJPERJ é a apresentação de uma declaração de empresa ou jornal, assinada pelo responsável, confirmando o vínculo do profissional no exercício da atividade de repórter fotográfico.
 
Outra exigência é a apresentação da coleção de material publicado com o crédito do pretendente ao registro, em veículos de imprensa reconhecidos.
 
Quanto à aplicação de prova de conhecimentos técnicos, o SJPERJ já está buscando parceria com a Sociedade Fluminense de Fotografia, fundada em 1944, para auxiliar na formulação de modelo de exame a ser aplicado aos candidatos ao registro de repórter fotográfico.
 
E, esclarecendo mais ainda sobre as falácias irresponsáveis de Ramalho, como a que “hoje o cara vai em Niterói, para uma grana e, pronto, tira o registro profissional de repórter fotográfico”, a “grana” a que se refere é a da anuidade de R$ 180,00, base de sustento do sindicato e taxa de registro de R$ 35,00, que prevê o pagamento dos custos do processo.
 
Dentre os profissionais que deram entrada em processos de registro profissional nos últimos dias no SJPERJ, constam os oriundos de empresas de comunicação conceituadas, como: revista Mais+, revista Trisport, site globo.esporte.globo.com, jornal Extra, UOL Notícias, G1/Rio+20, Agência Estado, BraNews – Notícias do Brasil, Siteband.com.br, jornal Meia Hora, GazetaWeb (Alagoas), jornal Povo do rio, MG! (Minas), JB, jornal O São Gonçalo, jornal O Itaboraí, jornal O Fluminense, jornal A Tribuna RJ, site globo.com, Futura Press e Tribuna Hoje, dentre outros.
 
Informamos ainda que a diretoria do SJPERJ participa ativamente de congressos nacionais de jornalistas e cumpre rigorosamente com as decisões adotadas coletivamente.
 
Entre os diretores do SJPERJ encontram-se conselheiros da Associação Brasileira de Imprensa, entre os quais Sérgio Caldieri, diretor financeiro; Mário Agusuto Jakobskind, representante do SJPERJ junto a Fenaj, e o presidente Continentino Porto.
 
O SJPERJ foi o primeiro sindicato do Brasil a instituir uma comissão da Verdade, instalado em seu recente congresso estadual realizado no ano passado, no Município de Maricá, quando esteve presente Gilney Viana, assessor especial da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República.
 
No próximo mês de março o SJPERJ lançara o Curso e o Prêmio de Jornalismo Ambiental Chico Mendes, como também o Curso de Repórter Comunitário, em Niterói.
 
O sindicato está pautando uma reunião com o Reitor da Uff Roberto Salles, no sentido de ser criado uma extensão do curso de Jornalismo (que inclui a disciplina de Fotografia) e também estabelecer um convênio com a Universidade Estácio de Sá sobre os cursos de graduação para os jornalistas sindicalizados, com o desconto de 30% e de 40% para os jornalistas acima de 40 anos de idade.
 
Tendo em vista a seriedade do trabalho sindical da diretoria do SJPERJ totalmente ignorado pelo fotógrafo Daniel Ramalho, sugerimos que corrija o que afirmou, pois se não o fizer estará confirmando que se trata de um profissional equivocado e mal informado, capaz de falar qualquer coisa, inclusive o de assacar mentiras, resta saber se consciente ou inconsciente, colocando em dúvida a credibilidade de um sindicato que, vale sempre repetir, segue de forma intransigente as determinações tiradas em congressos estaduais e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
 
Além disso, informamos ainda que o SJPERJ defende a exigência do diploma para o exercício profissional de jornalista, conforme determinações tiradas em congressos nacionais de jornalistas.
 
Agradecemos a divulgação desse esclarecimento nos espaços jornalísticos da ABI.
 
Cordiais saudações, (a) Continentino Porto, Presidente do SJPERJ.”