Sérgio Brandão, da TVE


16/02/2006


“Ser repórter é ser curioso, incansável, obstinado e, acima de tudo, apaixonado, responsável por seu ofício. Talvez esta seja uma das profissões que mais exijam rigor ético e responsabilidade da parte de quem a pratica. É bem verdade que ‘ética’ é uma palavra que anda meio desgastada, mas ela continua sendo perseguida por repórteres que pretendem ser reconhecidos pela seriedade e a lisura do seu trabalho. Um bom repórter tem o poder de divulgar um bem que deve ser estendido a todos; na mesma proporção, um mau repórter pode acabar com a credibilidade de uma pessoa, uma instituição ou qualquer bem. Um bom repórter é aquele que sabe, no seu dia-a-dia, que nem toda manchete ‘vale o quanto pesa’.

O que mais me atrai nesta atividade são os meios que nos permitem ser informados e informar. O repórter é o cidadão que tem credencial para chegar primeiro no fato, na informação. Depois, é ele também que fica incumbido de narrar o acontecido, de expor a sua versão sobre a realidade. Isto, por si só, já não é fantástico? Se a gente for pensar no poder que emana do teclado de cada repórter, aí nem se fala!”