04/06/2018
A exigência foi divulgada através de um comunicado do Departamento de Informação e Imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Vyshinsky, que tem cidadania russa e ucraniana, chegou a pedir ao presidente Vladimir Putin para tomar todas as medidas necessárias para a sua libertação. O governo russo ainda exige que a Ucrânia retire todas as acusações levantadas contra ele.
Na ocasião, ele expressou a sua vontade de abdicar da cidadania ucraniana, o que será comunicado ao presidente da Ucrânia, Pyotr Porshenko, nesta segunda-feira (4).
A chancelaria russa também apelou aos serviços de informação de vários países para que tomem medidas contra as tentativas do Serviço de Segurança da Ucrânia de recrutar jornalistas, depois do caso da jornalista da RIA Novosti Irina Vysokovich.
Vyshinsky foi detido em Kiev, em 15 de maio, acusado de apoiar as autoproclamadas República Popular de Donetsk (RPD) e República Popular de Lugansk (RPL). O jornalista pode ser condenado a 15 anos de prisão. Dois dias após a detenção, o tribunal ucraniano de Kherson decretou a prisão preventiva do jornalista por 60 dias.
Vladimir Putin qualificou a prisão de Vyshinsky de algo sem precedentes, tendo Moscou enviado uma nota de protesto a Kiev exigindo o fim da violência contra jornalistas.
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e o Conselho da Europa também expressaram preocupação pela detenção do jornalista russo.