08/03/2007
“As mulheres tiveram inúmeras vitórias ao longo do século XX, entre elas, o direito de ser jornalista. Antes, o único espaço que podiam ocupar eram as seções de culinária, as colunas sociais ou os periódicos dedicados ao universo feminino. Mas, graças a profissionais desbravadoras como Ana Arruda Callado, na década de 60, elas estão nas redações e hoje são maioria.
Um dos motivos que podem justificar a inversão na área se deve ao fato de que, no passado, não era comum elas ocuparem posições em que corressem perigo de vida. Isso era função de homem. Outra possibilidade defendida por teóricos é que muitas delas deixaram de estudar Letras e hoje estudam Comunicação.
Há um longo caminho a percorrer, mas muitas profissionais já são reconhecidas pelo excelente trabalho realizado na mídia nacional. Elas ocupam diferentes cargos, em diferentes veículos. Isso inspira ainda mais as jovens que sonham ser repórteres, editoras, pauteiras, apresentadoras, entre tantas outras funções que podemos atuar.
Acredito que ser jornalista é um desafio e ao mesmo tempo uma satisfação, pois muitas vezes não temos as condições de trabalho e a remuneração corretas. Ainda não me considero profissionalmente satisfeita, pois estou no início da carreira. Tenho certeza de que ainda há muitos temas para tratar, histórias interessantes a descobrir, muitas fontes a conquistar e personagens instigantes a conhecer. Estou só começando….“
Layla Milan Guerra — jornalista freelancer (São Paulo-SP)