Jornalistas podem ficar
sem proteção no México


06/09/2018


Manifestantes pedem justiça após mais um assassinato de jornalista no México

Não é novidade para ninguém que o México é um dos países mais perigosos do mundo para a atividade jornalísticaSomente neste ano, oito profissionais foram assassinados. Por este motivo, causa apreensão na imprensa mundial a decisão do governo de encerrar o financiamento do Mecanismo de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos e Jornalistas.

O programa usa os recursos econômicos exclusivamente para a implementação e operação de medidas preventivas e urgentes para proteger pessoas que estejam ameaçadas por trabalhar e denunciar a violação dos Direitos Humanos, sejam elas ativistas ou jornalistas.

Conforme informa o portal Knight Center, a ideia do governo é interromper a injeção de dinheiro no final deste mês. O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos está apelando para o poder público rever a decisão.

O Mecanismo de Proteção vem sofrendo cortes ao longo dos últimos anos, mas são mais de 700 vidas que dependem dele e ficariam completamente desprotegidas a partir de outubro.

Em relatório publicado este ano, Relatores Especiais para o Direito à Liberdade de Opinião e Expressão da ONU e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) já pediam ao governo mais recursos. Com a interrupção do financiamento, a situação ficará caótica para quem era protegido pelo programa.

O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos do México, Luís Raúl González Perez, cobrou o governo e aguarda uma resposta. Segundo ele, a falta de recursos não apenas coloca em risco a vida de pessoas, como também contraria o compromisso assumido pelos governantes.

Fonte: Portal Imprensa