Jornalismo brasileiro perde dois grandes nomes 


02/05/2020


O último dia 30 de abril foi tristemente marcado pela morte de dois grandes  jornalistas, ambos mineiros: Ronan Soares e Nirlando Beirão. Ronan Soares morreu aos 80 anos, em Brasília, de infecção provocada por úlceras de pressão. Nirlando Beirão, aos 71 anos, em São Paulo, não resistiu às complicações provocadas por esclerose lateral amiotrófica.
Ronan Soares

Ronan Soares (Imagem: Reprodução)

Ronan Soares começou a se interessar pelo jornalismo ainda na cidade natal de Araxá (MG), mas a sua primeira grande reportagem foi a inauguração de Brasília, em abril de 1960.

O jornalista trabalhou por 20 anos na TV Globo, entre 1975 e 1995. Em sua trajetória profissional, foi editor no Jornal Nacional, no telejornal “Amanhã”, no programa “Painel” e no “Globo Revista”. À frente do Centro de Produção do Jornalismo, Ronan aumentou a participação do Brasil inteiro no Jornal Nacional.
Trabalhou também como gerente de coproduções da GloboNews. Foi um dos editores do programa jornalístico Estúdio I e fez parte da diretoria editorial de Entretenimento da Globo. Em seguida, o jornalista passou a fazer a supervisão editorial do programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios.
Em 2004, por ocasião dos 35 anos do Jornal Nacional, Ronan colaborou na supervisão editorial do livro Jornal Nacional 35 anos: a notícia faz história, escrito pela equipe do Memória Globo.
Nirlando Beirão

Nirlando Beirão (Imagem: Reprodução)

Com longa carreira no jornalismo, Nirlando Beirão, nascido em Belo Horizonte, trabalhou nos principais veículos de comunicação do País, como a revista Veja, Isto É e Status, da Editora Três. No jornal O Estado de S. Paulo, foi titular da coluna Galeria, publicada diariamente no Caderno 2. Seu último trabalho foi em Carta Capital.

Desde 2016, quando foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, Nirlando lutava contra complicações de saúde.  Em seu último livro, “Meus Começos e Meu Fim”, publicado no ano passado, ele tratou do tema, falando  como lidava com a doença. Como escritor, publicou ainda o livro  “Corinthians: É Preto no Branco”, com Washington Olivetto; e Caminho das Borboletas, lançado em finais de 1994, escrito pelo jornalista com base em depoimentos de Adriane Galisteu sobre  o seu relacionamento com Ayrton Senna.
Nirlando deixou esposa, a dramaturga Marta Góes, a filha, Júlia Beirão, e os enteados Antonio e Maria Prata.