Funcionária é presa após vazar dados da NSA


08/06/2017


A funcionária terceirizada do governo americano Reality Leigh Winner (Imagem: Reprodução)

O Departamento de Justiça dos EUA prendeu e indiciou uma funcionária terceirizada pelo vazamento de material confidencial da Agência de Segurança Nacional (NSA) para o site “The Intercept”, do jornalista Glenn Greenwald, responsável pela revelação do caso do ex-analista de Inteligência Edward Snowden. Os documentos, que foram considerados verídicos por fontes do governo, tratavam da interferência russa na eleição de 2016 e marcam um dos primeiros esforços concretos do governo de Donald Trump para reprimir vazamentos.

Reality Leigh Winner, de 25 anos, acusada de remover material confidencial de uma instalação do governo na Geórgia. Ela foi presa em 3 de junho, disse o Departamento de Justiça, e agora pode ser acusada até de espionagem.

As acusações foram anunciadas menos de uma hora depois que o “The Intercept” publicou um documento secreto da NSA descrevendo esforços do governo russo para lançar ataques cibernéticos em pelo menos um fornecedor de software de votação nos EUA e para envar e-mails específicos para mais de cem autoridades eleitorais dias antes da eleição presidencial de novembro, hackeando seus sistemas.

O relatório revela novos detalhes por trás da conclusão das agências de Inteligência dos EUA de que os serviços de Inteligência russos estavam tentando infiltrar-se nos sistemas de registro de eleitores nos estados como parte de um esforço mais amplo para interferir nas eleições, desacreditando a candidata democrata, Hillary Clinton, e ajudando Trump a vencer as eleições.

O documento aparece para ser desclassificado em 5 de maio de 2042. Um funcionário confirmou que o documento vazado ao “Intercept” era autêntico e não contestou que as acusações contra o vencedor estavam diretamente ligadas a ele. No entanto, o documento não prova que os russos tenham sido bem-sucedidos na interferência estudada.

O documento teria se tornado evidente após o “Intercept” supostamente questionar as agências envolvidas em busca de respostas sobre a acusação. Nenhum dos lados comentou a acusação contra a funcionária.

Fonte: O Globo