Florença, Itália, 1923


12/03/2008


“Esta imagem, de ar tão encantadoramente cotidiano, atesta a sensibilidade de Júlio Ferrez para os sabores sutis da vida simples e dos temas não-consagrados. Num momento em que o fotojornalismo ainda não havia amplamente difundido imagens de fotógrafos atentos à vida de rua, como os franceses Henri Cartier-Bresson e Robert Doisneau, Júlio demonstrou estar atento àquilo que Jurandir Ferreira poeticamente denominou de ‘a quieta substância dos dias’. Sob o prisma da história da fotografia, convém lembrar que as imagens realizadas não só por Júlio Ferrez, como também por seu irmão, Luciano, e seu filho, Gilberto, se inscrevem entre as primeiras impressões de fotógrafos brasileiros sobre a Europa, realizada numa época em que as viagens transatlânticas ainda eram efetuadas em navio e constituíam privilégio de poucos”