Espírito de modernidade


28/06/2007


Foi de inteira descontração o clima do encontro que reuniu, na tarde desta quarta-feira, 27, na sede da Associação Brasileira de Imprensa, os jornalistas Maurício Azêdo, Presidente da ABI, Fernando Tolentino, Diretor-Geral da Imprensa Nacional, e Fernando Câmara, Diretor-Presidente do Jornal de Brasília, para tratar do convênio de cooperação entre as entidades nas comemorações dos 200 anos da chegada da imprensa ao Brasil.

O primeiro a chegar à reunião foi Fernando Câmara, acompanhado de Fernando Carvalho, Diretor-Executivo do Instituto Câmara Filho, organização civil de interesse público, que leva o nome do primeiro jornalista do Planalto Central com registro em carteira. Oriundo de uma família de profissionais da imprensa, Câmara foi felicitado por Maurício Azêdo por sua trajetória no jornalismo e seu desempenho à frente do Jornal de Brasília, lançado em 10 de dezembro de 1972, em pleno regime militar. Por este e outros motivos, lembrou ele, o empreendimento enfrentou muitas dificuldades no início:
— O jornal nasceu com espírito de modernidade, com equipamentos novos. Os concorrentes, que à época eram os Diários Associados, não nos aceitavam. Mas o jornal era muito lido pela classe política, devido à sua credibilidade, e acabou alcançando grande sucesso. Hoje ele vai bem. O Correio Braziliense é o líder do mercado e nós somos um bom segundo lugar. (risos)

Tradição familiar

Fernando contou ainda que o pai, Câmara Filho (engenheiro agrônomo que virou jornalista), e o tio Jaime Câmara fundaram o Grupo Popular, que lançou em 1938, em Goiânia, o jornal O Popular, semanário que virou bimensal e depois ganhou circulação diária:
— Foi o primeiro diário de Goiás e, em 2008, completará 70 anos de circulação ininterrupta. Aos domingos, tem tiragem de 60 mil exemplares e, durante a semana, alcança 48 mil. O Grupo Popular é uma empresa tradicional, que é responsável também pelo Jornal do Tocantins, que completou 20 anos, e o recente Jornal Daqui, que em três meses de circulação em Goiânia atingiu a tiragem de 4 mil exemplares, o que para nós é um sucesso. Está quase alcançando O Popular, que é já um veículo septuagenário. (risos)

O Jornal Daqui tem o formato tablóide, com visual leve e moderno e que também oferece como atrativo ao leitor um sistema de distribuição de prêmios. O Popular tem outro perfil: é standard e, de acordo com Fernando Câmara, firmou-se como um veículo de comunicação que tem como marca a seriedade.