CNV pede ajuda da Câmara para concluir o caso Rubens Paiva


18/03/2014


O ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971 (Crédito: Acervo Pessoal)

O ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971 (Crédito: Acervo Pessoal)

O coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Pedro Dallari, compareceu à Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 18 de março, para pedir o apoio do Presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), para a conclusão do caso do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva, em 1971.

Depoimentos de militares à CNV já confirmaram que Rubens Paiva foi torturado e assassinado, mas ainda não há informações oficiais sobre o paradeiro do seu corpo. O político teria sido torturado nas dependências do Destacamento de Operações de Informações (DOI), no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no bairro do Andaraí, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele teria morrido em decorrência de ferimentos entre os dias 20 e 22 de janeiro de 1971.

Um coronel da reserva, que atuou no Centro de Informações do Exército entre 1969 e 1974, mas que preferiu permanecer em anonimato, afirmou à reportagem do jornal O Globo que o corpo foi enterrado na Praia do Recreio, Zona Oeste do Rio, desenterrado e, finalmente, atirado ao mar.

A Comissão da Verdade pretende ouvir novamente o general reformado José Antônio Nogueira Belham, que poderia confirmar essa informação, mas que declarou que não pretende mais falar sobre o assunto.

Além de Belham, o Ministério Público Federal pretende denunciar o também oficial reformado Raimundo Ronaldo Campos e os ex-sargentos Jacy Ochsendorf e Jurandyr Ochsendorf pela morte do político.

As atividades da CNV deveriam ser encerradas em maio deste ano, mas a Presidente Dilma Rousseff editou uma medida provisória (MP 632/13) estendendo o funcionamento do grupo até 16 de dezembro. Essa medida ainda está sendo analisada pelo Congresso.

*Com informações da EBC e da Agência Câmara.