19/06/2018
Pelo Relatório sobre Notícias Digitais, o Brasil é seguido por Portugal, Espanha, Chile, e Grécia. De acordo com os pesquisadores a preocupação desses países pode estar relacionada pela polarização política provocada por eleições, referendos e outras consultas populares.
O relatório também apontou os países que estão menos preocupados com as fake news: Holanda (30%), Dinamarca (36%), Suécia (36%), Alemanha (37%) e Áustria (38%). Em sua análise, os autores afirmaram que, diferentemente dos Estados Unidos, a Alemanha passou recentemente por eleições em que a disseminação de notícias falsas não apareceu como um problema grave.
Na média geral, a pesquisa apontou que 54% dos entrevistados estão preocupados com a veracidade das informações lidas na internet.
Do total dos entrevistados, 58% disseram estar preocupados com notícias “fabricadas” mas apenas 26% conseguiram identificar casos concretos.
Essa diferenciação, entretanto, não foi feita por país, não permitindo identificar se essa disparidade ocorre nas nações onde a preocupação foi maior, como no Brasil.
Na avaliação dos entrevistados, os principais responsáveis por adotar medidas de combate às fake news deveriam ser os veículos tradicionais de mídia (75%) e as plataformas digitais (71%).
Segundo os autores, essa percepção estaria relacionada ao fato de muitas reclamações com foco na veracidade ou manipulação estarem relacionadas a mídias tradicionais, e não a conteúdos fabricados por sites desconhecidos.
A adoção de alguma regulação pelo Estado para atacar o problema ganhou aceitação sobretudo entre asiáticos (63%) e europeus (60%). Na Europa, a regulação do tema tem ganhado espaço. No último ano, a Alemanha aprovou uma lei que passa a responsabilidade pela fiscalização de conteúdos falsos e ilegais às plataformas. No Brasil, já há diversos projetos de lei tramitando no Congresso visando estabelecer regras sobre o tema.
Clique aqui para ler o Relatório em pdf.
Fonte: Portal Imprensa