Aline Kawae


08/03/2007


“Ainda sou estudante de Jornalismo e comecei meu primeiro estágio há pouco mais de um mês. Trabalho numa área em que os homens ainda dominam, mas nem por isso me sinto diminuída. No jornalismo esportivo, acredito que até bem pouco tempo, praticamente não havia mulheres. Mas estamos quebrando preconceitos e mostrando que somos capazes de falar sobre todos os esportes, principalmente sobre futebol.

Nesse início profissional, posso dizer que estou muito satisfeita. Jogar a idéia na reunião de pauta, batalhar por ela e no final ver o resultado positivo é muito gratificante. O que sei é que os jornalistas, em geral, não são muito bem remunerados. E provavelmente ainda há redações em que as mulheres são discriminadas. Mas creio que essa mentalidade machista está mudando.

Meu sonho é ser uma grande repórter. Se as mulheres não fossem reconhecidas, talvez não tivesse no meu imaginário a idéia tão forte da jornalista com o microfone em punho. O sexo feminino só tem a crescer não só dentro do jornalismo, mas em qualquer outra profissão, porque agora não somos mais vistas apenas como ‘donas do lar’.” 

Aline Kawae — Estagiária do jornal esportivo Lance! (Rio de Janeiro-RJ)