Acusado de matar repórter fotográfico no Vale do Aço (MG) é condenado


Por Claudia Sanches*

20/08/2015


condenação Pitote

Julgamento de Alessandro Neves Augusto, o “Pitote” (Foto: Reprodução)

Alessandro Neves Augusto, ‘Pitote’, de 34 anos, foi condenado nesta quarta-feira (19), a 14 anos e três meses de prisão em regime fechado por ter assassinado fotógrafo Walgney Assis Carvalho, em 2013. O réu já cumpre pena de 12 anos pelo assassinato do jornalista Rodrigo Neto. A defesa informou que vai recorrer da decisão nesta quinta-feira (20).

A promotora de Justiça Juliana da Silva Pinto afirmou que ‘Pitote’ se passava por um falso policial civil, tinha acesso facilitado às delegacias da região, dirigia viaturas da polícia, portava arma de fogo e matou Walgney Assis Carvalho por queima de arquivo, uma vez que uma equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Belo Horizonte, estava na região investigando a morte do jornalista Rodrigo Neto e o fotógrafo tinha informações sobre o  autor desse crime.

A promotora citou que as investigações apontaram ao menos 124 ligações entre ‘Pitote’ e o ex-policial Civil, Lúcio Lírio, condenado por envolvimento na morte do jornalista Rodrigo Neto.

Entenda o caso

Em março de 2013, o repórter investigativo Rodrigo Neto foi executado a tiros quando estava num bar do bairro Canaã, em Ipatinga (MG). A motivação do crime, segundo a Polícia Militar, foram denúncias contra crimes que ficaram impunes na região feitas por ele em uma emissora de rádio.

Poucos dias depois, em abril, Walgney também foi morto a tiros em um pesque-pague numa cidade vizinha. O fotógrafo havia revelado que sabia detalhes sobre a morte do colega. Segundo as investigações, Pitote utilizou o mesmo revólver que matou Neto. Um dos envolvidos no crime, O ex-policial civil Lúcio Lírio Leal, já foi condenado a 12 anos de prisão em agosto de 2014.

Conforme denúncia do Ministério Público, a vítima teria comentado com diversas pessoas que sabia quem teria cometido o crime. Ainda segundo o MP, ele foi morto como queima de arquivo porque ‘Pitote’ teve medo de que ele relevasse a autoria do homicídio de Rodrigo Neto.

*Fonte: O Estado de Minas; G1