A ABI reafirma seus compromissos


07/04/2010


Em declaração divulgada nesta quarta-feira, 7 de abril, dia de seu 102º aniversário, a ABI reafirmou seus compromissos mais do que centenários com a defesa da liberdade de imprensa, da liberdade de acesso às fontes de informação e da liberdade de expressão, bem como com a defesa dos direitos humanos. “A ABI considera que estes compromissos são indeclináveis, até pelo dever cívico da Casa de honrar o legado de seus maiores, como Gustavo de Lacerda, seu fundador, Herbert Moses, Danton Jobim, Prudente de Morais, neto e Barbosa Lima Sobrinho”, diz a nota.

A declaração da ABI tem o seguinte teor:

“Ao celebrar o seu 102º aniversário, neste 7 de abril, a Associação Brasileira de Imprensa reafirma seus compromissos mais do que centenários com a defesa da liberdade de imprensa, da liberdade de acesso às fontes de informação e da liberdade de expressão, bem como com a defesa dos direitos humanos. Esses compromissos são indeclináveis, até pelo dever cívico da Casa de honrar o legado de seus maiores, como Gustavo de Lacerda, seu fundador, Herbert Moses, Danton Jobim, Prudente de Morais, neto e Barbosa Lima Sobrinho.

Considera a ABI que esses bens imateriais têm de ser objeto de uma vigilância permanente, porquanto o exercício da liberdade de informação e da liberdade de opinião não se faz sem riscos, ainda que a Constituição de 5 de outubro de 1988, fruto da prolongada e áspera luta contra a ditadura militar dos anos 1964-1985, tenha assegurado a plena vigência dessas conquistas democráticas. Prova desses riscos, materializados em freqüentes decisões do Poder Judiciário, é a censura prévia imposta há mais de oito meses ao jornal “O Estado de S. Paulo” por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que promoveu grave abalroamento do texto constitucional.

No registro deste momento de sua longa trajetória, a ABI entende que, apesar dos progressos na construção da uma sociedade democrática entre nós, jornalistas e veículos de comunicação devem manter uma atuação constante e indormida em defesa do direito de informação e de opinião, que constituem bens essenciais para a cidadania, da qual os profissionais e órgãos de comunicação são apenas agentes e servidores.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2010.
Ano 102 da Associação Brasileira de Imprensa
Maurício Azêdo, Presidente.”