Os palcos do esporte vistos do ar


13/07/2007


José Reinaldo Marques
20/07/2007

A cidade do Rio de Janeiro vive um momento de orgulho e alegria por dois motivos especiais: a eleição do Cristo como uma das sete novas maravilhas do mundo e a realização dos Jogos Pan-americanos 2007, abertos dia 13. Mais feliz ainda com os acontecimentos está o fotógrafo Ivan Gorito, que trabalha no Tribunal de Contas do Município: ele foi o vencedor do concurso Fotografias do Cristo Redentor e está com a exposição “Rio Pan 2007” em cartaz.
— O concurso foi promovido pelo Jornal do Brasil em outubro do ano passado, no 75º aniversário de inauguração da estátua. Eram cerca de 400 concorrentes. Fotografei o Cristo de diversos ângulos, enviei 16 fotos e tive duas premiadas, na categoria profissional. Quanto à individual “Rio Pan 2007”, está aberta ao público no heliponto da Lagoa (Avenida Borges de Medeiros, na Zona Sul do Rio), até o dia 30 de julho, das 8h às 20h.

Gorito já venceu outros prêmios com seu trabalho. Em 2000, por exemplo, uma foto que fez da enseada de Botafogo — e que já havia ganhado um concurso da De Plá — foi selecionada pela Telemar e impressa em 50 mil cartões telefônicos:
— Para conseguir esta foto do amanhecer do Rio, saí de casa às quatro horas da manhã; e ficamos só eu e Deus, no Mirante Dona Marta, esperando a cidade acordar — conta.

Formado em Jornalismo pela Faculdade da Cidade, Ivan Gorito teve o primeiro contato com a fotografia aos 13 anos, quando foi presenteado pela avó com uma pequena câmera amadora:
— Já naquela época percebi que não gostava de registrar pessoas, mas sim as paisagens. 

Carreira profissional 

Começou a fotografar profissionalmente em 1977, na Tribuna da Imprensa, onde ficou até 1980. Em 1982, foi trabalhar no Jornal do Commercio, mas como revisor. Em seguida, ingressou no Tribunal de Contas, não, inicialmente, para trabalhar com fotografia:
— Em 1999, quando foi criada a Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento (CAD), fui convidado a fotografar para a revista do Tribunal pelo então diretor da publicação, Roberto Motta, que já conhecia meu trabalho. Passei a fazer também as fotos que ilustravam as capas dos relatórios mensais.

Ao mesmo tempo, começou a estudar mais os livros de fotografia, entre eles os de um dos seus ícones, Aristógiton Malta:
— Nunca imaginei meu trabalho dividindo espaço numa parede com as fotos dele, um privilégio que me foi proporcionado pelo Tribunal. Para mim, é um grande orgulho.

Meio ambiente e esportes estão entre as pautas favoritas de Gorito, que recentemente tem feito muitas fotos aéreas, atendendo a uma necessidade do Tribunal:
— Começou quando o órgão precisou fazer um trabalho de inspeção em áreas de difícil acesso, que seria impossível realizar por terra. Decidimos então fazer os registros usando um helicóptero. O Tribunal de Contas do Rio foi o primeiro do Brasil a realizar esse tipo de trabalho e tenho o privilégio de ter registrado tudo isso. Hoje, a maior parte das fotos usadas na revista, de obras que o órgão acompanha, é aérea. Bem como as imagens das obras do Pan, que compõem a exposição na Lagoa.

Gorito não esconde o prazer que seu trabalho lhe dá. Tanto que, mesmo quando está de folga, dificilmente sai sem uma câmera:
— A fotografia tem o poder de trazer à tona a realidade e mudou toda a minha vida, além de me levar a conhecer profissionais como Hugo Denizar. — diz ele. — Mesmo assim, confesso que jamais pensei que ia me aposentar na função. 

 

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