Polícia investiga
assassinato de
radialista em Goiás


22/01/2018


A Polícia Civil montou uma força-tarefa para investigar a morte do radialista Jefferson Pureza Lopes, 39 anos, morto a tiro em Edealina, no sul de Goiás. Ele tinha um programa polêmico e, segundo amigos, vinha recebendo ameaças.

Jefferson foi encontrado morto na quarta-feira (17), em casa. O corpo dele foi enterrado no dia seguinte, no cemitério municipal da cidade.

A corporação informou que 20 servidores das delegacias de Edealina, Acreúna, Rio Verde e do setor de inteligência da Polícia Civil compõe a equipe que vão trabalhar no caso. A polícia explicou que as investigações começaram logo após o crime, mas não pode divulgar informações porque as diligências estão acontecendo e maneira sigilosa.

Segundo o agropecuarista Márcio Carlos de Souza, 36 anos, amigo da vítima, o radialista denunciava irregularidades nos programas de rádio e já vinha sofrendo ameaças.

“Ele recebia ligações anônimas de pessoas dizendo que se ele gostasse da família e dos filhos para ele parar com denúncias, se não ele morreria. Falavam para não deixar o carro aberto, que iam colocar droga lá dentro para incriminar ele”, disse ao G1.

Investigação

O delegado responsável pelo caso, Queops Barreto, disse que já trabalha para identificar o motivo do crime. “A gente já sabe que foi uma execução. Foram dois criminosos que vieram até a residência e executaram, porque não houve subtração de bem algum. Por estar em um veículo de comunicação, ele possuía vários desafetos na cidade, então a gente não consegue definir ainda quem foi o mandante”, explicou.

O investigador destacou que não é possível confirmar se o programa de rádio da vítima tem alguma ligação com a morte. “Nós vamos apurar todas as circunstâncias deste crime para poder tomar as diligências necessárias e apontar as motivações, os possíveis autores. O programa dele era polêmico, mas isso não pode ser associado ainda com o assassinato, tudo vai ser esclarecido com as investigações”, afirmou.