Jornalista é acusada pela Justiça de “extremismo” na Crimeia


Por Edir Lima

31/05/2016


Manifestação na Crimeia. Foto: G1

Manifestação na Crimeia. Foto: G1

A Justiça russa acusou a jornalista Lilia Boudjourova, vice-diretora da ATR (televisão tártara da Crimeia), de “extremismo” por defender sua comunidade em publicações no site ucraniano Investigator e em sua página no Facebook.

Segundo a AFP, no último domingo (29), a jornalista recebeu uma advertência da procuradoria após se solidarizar com os filhos de tártaros presos por sua oposição à anexação, em 2014, da península ucraniana da Crimeia pela Rússia.

A prática de “extremismo” pode render até cinco anos de prisão. O porta-voz do procurador-geral de Simferopol, capital da Crimeia, informou que o “aviso” não sinaliza a abertura de uma investigação judicial, mas uma simples advertência.

Além disso, um texto originalmente escrito em um site ucraniano, onde Lilia Boudjourova convocava apoio financeiro aos  filhos de prisioneiros tártaros presos por serem contrários à anexação da península por Moscou, está sendo analisado pela Justiça.

Os tártaros da Crimeia, uma comunidade muçulmana, sofrem forte pressão das autoridades russas pela sua oposição à anexação.