O perfil do associado da ABI


13/06/2022


Desenvolvida pela Diretoria de Assistência Social (DAS), a pesquisa O perfil do Associado da ABI foi realizada via formulário do Google enviado por e-mail e disponibilizado pelas redes sociais entre os dias 25 de maio e 10 de junho de 2022. Dos 564 associados ativos, participaram 130, equivalendo, portanto, a 23% do total. Os resultados ajudam a traçar um perfil socioeconômico dos membros que hoje compõe a Casa do Jornalista, revelando suas necessidades médicas e a que tipos de serviços gostariam de ter acesso como sócios.

Observando as respostas à pergunta “Como a diretoria de assistência social da ABI pode ajudar o associado”, vemos que a demanda principal é por serviços de assistência médica aos associados necessitados. Muitos pedem a ampliação do quadro de médicos no sexto andar do prédio-sede, que hoje conta com três especialidades: oftalmologia, ortopedia e pneumologia. Além disso, surgem com frequência pedidos para que sejam feitos convênios com farmácias e óticas.

Mesmo levando em conta que a maioria diz ter acesso a algum tipo de cobertura hospitalar privada, nota-se que muitos destes acreditam que a ABI deveria oferecer um plano de saúde com preços mais acessíveis do que aqueles praticados normalmente pelo mercado, especialmente devido à média etária alta que faz com que os gastos com saúde pesem mais no orçamento familiar.

Os dados mostram que, entre os participantes que responderam à pergunta sobre faixa-etária (127), 89% estão acima de 55 anos.

Temos, entre os participantes, 60,9% de aposentados ou pensionistas e apenas 18,8% se declaram empregados. Ainda que 70% afirmem ter uma renda familiar de mais de 6 mil reais, a maioria avalia que, pelo menos, 30% da renda se destina a cuidados médicos.

No que diz respeito à situação de saúde emocional, 52,7% se dizem esperançosos ou otimistas, e 22,8% ansiosos. Somente 12,6% se consideram pessimistas ou deprimidos.

Quanto à saúde física, o trabalho aponta que a maioria (78,1%) qualifica seu estado atual como “bom” ou “muito bom”. Já 20,3% avaliam seu estado como “razoável”.

Quando perguntados se têm alguma limitação motora que prejudique seu deslocamento, 92,2% dizem que não.

Apesar de 78% dos entrevistados se considerarem bem de saúde, sessenta pessoas (46%) disseram ter doença crônica, sendo as mais comuns: hipertensão, pressão alta, bronquite, enfisema pulmonar, artrose, hipotiroidismo e diabetes. Alguns relataram estar em tratamento de câncer.

Dados demográficos, étnicos e de gênero

Embora um grande contingente dos sócios ainda se concentre no eixo Rio-SP, considerando que o estado do Rio de Janeiro tem 59% e São Paulo 20%, a pesquisa traz uma notícia alvissareira: 22 estados brasileiros têm ao menos um sócio da ABI. A nacionalização é uma realidade, acarretando novos desafios para todas as diretorias.

Infelizmente, porém, a ampla distribuição geográfica não se traduz em representatividade étnico-racial. Dos participantes, 72,7% declaram-se brancos, 18% pardos e somente 4,7% das pessoas ouvidas se dizem pretas. Uma pessoa se declarou indígena e uma amarela (asiática).

Vale registrar que, no que tange ao gênero, a situação é bem diferente da desigualdade étnica. Se considerarmos apenas os dados coletados neste trabalho, podemos afirmar que a ABI atingiu a paridade numérica de gênero.

Uma nova edição da pesquisa deverá ser realizada em 2023. “É muito importante que a ABI mantenha um constante processo de escuta com seus associados não só para ofertar melhores serviços, o que, certamente, atrairá novos sócios e tornará a instituição mais plural, mas também como meio de colocar em prática a democracia interna que tanto se almeja”, comenta a diretora da DAS Ana Helena Tavares.

Conheça os médicos que atendem no 6.o andar do edifício-sede clicando aqui