“New York Times” atualiza guia de imparcialidade


16/10/2017


O “New York Times” (NYT) divulgou, na sexta-feira (13), novas diretrizes atualizadas e ampliadas para o uso de mídia social por parte dos jornalistas do veículo. O documento afirma que os funcionários não devem se pronunciar de forma enviesada ou partidária que prejudique a reputação do jornal.

“Acreditamos que para continuar a ser a melhor organização de notícias do mundo, temos que manter uma presença vibrante nas redes sociais. Mas também precisamos nos certificar de que nos envolvemos de forma responsável nas redes sociais, de acordo com os valores da nossa redação. É por isso que estamos emitindo diretrizes de mídia social atualizadas e expandidas”, assina Dean Baquet, editor executivo do jornal.

“As resoluções ressaltam a apreciação da nossa redação pelo importante papel que as redes sociais agora desempenham no nosso jornalismo, mas também exigem que nossos jornalistas tenham muito cuidado para evitar expressar opiniões partidárias ou editoriais sobre questões que The Times está cobrindo”, aponta o documento.

“Em postagens em redes sociais, nossos jornalistas não devem expressar opiniões partidárias, promover visões políticas, apoiar candidatos, fazer comentários ofensivos ou dizer algo que mine a reputação jornalística do ‘Times'”, afirma o guia.

O NYT aconselha ainda, que seus funcionários não confirmem presença em eventos partidários e não emitam opiniões políticas, mesmo que não estejam cobrindo a editoria.

“Você pode pensar que sua página de Facebook, Twitter, Instagram ou Snapchat são zonas privadas, separadas do seu papel no ‘Times’, mas tudo que nós postamos ou curtimos é público, e provavelmente será associado ao ‘Times’.” O guia cita como exemplo casos em que um jornalista do “Times” compartilhou notícias duvidosas de outros veículos, e isso foi interpretado como uma confirmação dessa notícia pelo “Times”.

“Sempre trate os demais com respeito nas redes sociais. Se um leitor questiona ou critica seu trabalho ou postagem, e você gostaria de responder, pense bem na forma. Não insinue que a pessoa não leu seu trabalho com cuidado.”, continua o documento.

“Se as críticas forem especialmente agressivas ou maldosas, provavelmente é melhor não responder.” O jornal reforça que seus funcionários podem contar com a proteção do jornal caso sofram ameaças.

Para ver o documento completo, clique aqui.