Maria Ignez Duque Estrada Bastos


09/03/2007


Quando começou na imprensa, Maria Ignez Duque Estrada Bastos era uma das poucas repórteres femininas nas redações dos jornais. Ainda estudante de Belas Artes, estreou no jornalismo como colunista da Tribuna da Imprensa, assinando uma coluna sobre artes plásticas. Passou também pelo extinto Diário Carioca e, em seguida, entrou para a Petrobras, mas pediu demissão um tempo depois para voltar à vida de repórter, fazendo frila para Última Hora, Jornal do Brasil e Jornal do Commercio.

Maria Ignez conta que na época em que trabalhava para o Diário Carioca, tentaram pregar-lhe uma peça. Levaram um rato para a redação e o deixaram perto de sua mesa. Para surpresa de todos, ela pegou o animal, deixou percorrer os seus ombros e mandou que o levassem de volta à oficina.

Sócia da ABI, Maria Ignez cobriu muitas coletivas na Casa do Jornalista nos anos 60 e 70, como a do astronauta russo Yúri Gagárin, quando ele veio ao Brasil, e a do Brizola, quando a Campanha da Legalidade saiu vitoriosa, garantindo a posse de Jango após a renúncia do Jânio. Ela diz que a Associação está se renovando e espera que ela abra espaço para os jornais comunitários, que considera uma importante fonte de aprendizagem de jornalismo para aqueles que estão começando na carreira.