CIDH: 33 comunicadores mortos nas Américas


05/05/2017


Os assassinatos de 33 profissionais de imprensa nas Américas em 2016 mostram um aumento na censura e da corrupção nesses países, de acordo com o relatório anual do Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Em 2016, um “ano crítico para a democracia na região”, foram registrados violências contra jornalistas, protestos sociais, o uso do direito penal para restringir a liberdade de expressão, discursos estigmatizantes contra jornalistas, e foram discutidas questões sobre a liberdade de expressão no contexto da internet.

De acordo com o Centro Kight de Jornalismo nas Américas, o relatório aponta que jornalistas foram mortos no México, Brasil, Honduras, Guatemala, Estados Unidos, El Salvador, Peru e Venezuela em 2016. A maioria dos profissionais assassinados investigava a corrupção política ou era líder em suas comunidades locais. Um outro dado preocupante é alta taxa de impunidade em muitos dos países da região.

A partir do relatório, segundo o Centro Kight, a CIDH recomendou aos Estados-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) que criem regulamentações e adotem medidas especiais para proteger os jornalistas que cobrem situações de conflito social, para que não sejam detidos ou agredidos, nem tenham seus direitos violados. Outro alerta do documento se baseia na concentração existente na imprensa e a falta de pluralismo nos sistemas de mídia de vários países da região, reduzindo o debate público e tornando mais difícil para que todos se expressem.

 

A íntegra do relatório pode ser acessada neste link (em inglês).