02/07/2017
Brasil é o segundo país em que os consumidores de notícias online mais confiam nos veículos de comunicação, apontou um estudo realizado pelo Reuters Institute e a Universidade de Oxford.
A pesquisa também identificou que as redes sociais, como o Facebook, perderam espaço como fontes de disseminação de informação, enquanto aplicativos de mensagem, como o WhatsApp, avançaram.
Esse movimento foi impulsionado porque os smartphones superaram os computadores e se tornaram o principal aparelho para consumidor notícias.
As duas instituições ouviram mais de 70 mil consumidores de notícia online de 36 países (o estudo pode ser consultado aqui e o capítulo sobre o Brasil pode ser visto aqui).
No Brasil, o índice de confiança chegou a 60% dos entrevistados. O percentual só não é maior do que o da Finlândia, de 62%. Os pesquisadores perguntaram aos entrevistados se eles concordavam com as seguintes afirmações: “Eu acredito que você pode confiar na maioria das notícias na maior parte do tempo / Eu acredito que eu posso confiar na maioria das notícias na maior parte do tempo”.
Dentre os países analisados, os que registram menores indicadores de confiança são Eslováquia (27%), Grécia (23%) e Coreia do Sul (23%).
Confiança nos meios de comunicação
Os pesquisadores registram que a confiança no Brasil é alta apesar de a conturbada situação política dividir opiniões. “Como resultado de um ambiente político extremamente polarizado, o percentual de pessoas que acreditam que a mídia é livre caiu de 36% para 30%, na comparação ano-a-ano, mas a confiança geral nas notícias continua alta.”
Smartphone x computador
O estudo lembra que mais de 97% das casas no país possuem um aparelho de TV. Em 2015, metade dos domicílios passaram a ser atendidos com internet.
Outro detalhe trazido pela pesquisa são os meios mais usados pelo brasileiro para consumir notícias. Em 2017, os smartphones assumiram a primeira posição, usados por 65% dos leitores online, seguidos por computadores, que têm a preferência de 62%.
Aparelhos usados para consumir notícias online
Fonte: Fonte: Digital News Report/Reuters Institute e Universidade de Oxford