Começa a caça a quem ameaçou ou ofendeu o STF


21/03/2019


Agentes da Polícia Federal cumpriram, nesta quinta-feira (21), mandados de busca e apreensão relativos ao inquérito que investiga ofensas e ameaças aos membros do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

O ministro Alexandre de Moraes foi indicado como relator do inquérito. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Com os mandados, os policiais estiveram na casa de suspeitos em São Paulo e Alagoas. Foram recolhidos equipamentos eletrônicos como tablets e celulares. De acordo com o portal G1, um dos acusados, o advogado Adriano Laurentino de Argolo, negou envolvimento no caso e afirmou que teve contas clonadas nas redes sociais. Em Indaiatuba, interior de São Paulo, um dos mandados foi cumprido na casa de um funcionário da Guarda Civil.

O inquérito do STF foi instaurado na semana passada por iniciativa do presidente da Corte, Dias Toffoli. A investigação vai apurar a divulgação de notícias falsas (fake news), ofensas e ameaças aos ministros do STF e seus familiares. Responsável por estar à frente do caso, Moraes informou que também serão apurados vazamentos de documentos sigilosos e a suposta existência de esquema para financiar a divulgação nas redes sociais de mensagens capazes de “lesar a independência do Poder Judiciário e o Estado de Direito”.

A criação do inquérito, porém, ainda é alvo de controvérsia. A Procuradoria-Geral da República questiona o fato da portaria de criação não explicar quais pessoas serão investigadas e de a investigação estar sendo realizada pela Corte e não pelo Ministério Público. A indicação, e não sorteio, de Moraes como relator também é questionada.

Fonte: Portal Imprensa