Por Cláudia Souza
13/09/2013
A Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) divulgou na última terça-feira, 10, os vencedores do Concurso de Melhor Capa do Ano 2013, cujo objetivo é valorizar o trabalho dos editores de arte e jornalistas envolvidos na elaboração das capas das revistas publicadas pelas editoras associadas à Associação. O anúncio foi feito durante o VII Fórum ANER de Revistas, realizado em São Paulo.
Na categoria “Melhor Capa do Ano – Voto do Júri”, venceu a revista Placar com a capa “A crucificação de Neymar”, da edição de outubro de 2012. Os responsáveis pelo projeto foram Maurício Barros e Rogério Andrade.
Na fase final do concurso a categoria “Melhor Capa do Ano 2013- Voto Popular foi realizada na internet, com o público votando em sua capa favorita, entre as 16 finalistas, entre as quais Bazar, Women’s Health, GQ, Rolling Stone, Veja, Elle, Minha Novela, Monet, Marie Claire, RG, VIP e Veja São Paulo.
A vencedora foi a revista Mundo Estranho, com a capa “A Disney que Ninguém Vê”, trabalho assinado por Bárbara Brasileiro, Elias Silveiro, Patrícia Hargreaves e Marcel Nadale, veiculado na edição de abril de 2013. Em segundo lugar ficou a revista Menu, seguida por Car and Driver.
A Comissão Julgadora, sob a coordenação de Thomaz Souto Corrêa, reuniu sete representantes indicados pelos membros da Comissão Editorial da Aner. Eles analisaram diversos critérios, como impacto, edição, design e oportunidade.
Participaram do concurso os profissionais das revistas editadas por associados da Aner, publicadas e distribuídas no Brasil, com data de capa entre 1º de setembro de 2012 a 31 de julho de 2013.
Críticas
A edição de abril da Mundo Estranho abordou temas poucos discutidos sobre a Disney, como os bastidores dos parques até as jogadas de marketing do reino da diversão. Para levar o sentido da reportagem para o destaque, a designer Bárbara Brasileiro decidiu de colocar o personagem Mickey Mouse ao estilo raio-X.
A capa da Placar com o ex-atacante do Santos pregado numa cruz recebeu muitas críticas. O Conselho Nacional de Bispos do Brasil afirmou à época que a capa era motivo de “profunda indignação”.
A revista publicou nota pedindo desculpas “a quem se sentiu ofendido pela imagem de capa”. A direção da revista informou ainda que não quis desmerecer nenhuma crença religiosa e que a decisão de criar o Neymar crucificado tinha relação ao atleta que estava sendo “apedrejado”.
Para a edição 2014 do concurso, a Aner divulgou que a criação da categoria Melhor Capa para Tablet.