Gustavo de Lacerda, o jornalismo como sacerdócio


13/01/2024


No próximo dia 21 de janeiro, domingo, celebraremos o 170º aniversário do jornalista negro, Gustavo de Lacerda, que há 115 anos fundou da Associação Brasileira de Imprensa. Nascido em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, Santa Catarina, Lacerda se entregou de corpo e alma ao jornalismo, “profissão que exerceu como um sacerdócio, embora explorado torpemente” destaca no livro A Trincheira da Liberdade, o jornalista Edmar Morel.

Filho de Maria das Dores, escravizada, e de pai não declarado, Gustavo de Lacerda teve três irmãos: Frederico, Luisa e Maria. Celuta Maria Fagundes (já falecida), sobrinha do Lacerda foi funcionária da ABI. No dia 4 de setembro de 1909, Lacerda morreu num leito da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e o atestado de óbito, firmado pela Quarta Pretoria, diz que ele “tinha 55 anos, era solteiro, e residia na Travessa da Barreira, 45, próximo à Praça Tiradentes.

Lacerda “não foi um jornalista de pouca expressão”. Ele se destacou “na construção de uma sociedade menos desigual” atuando como poeta, cronista, teatrólogo, educador e militar.

Para marcar a data a diretoria de Igualdade Étnico-Racial da ABI programou a divulgação, ao longo da semana, nas mídias digitais da ABI, de pequenos textos que sintetizam o pensamento social, político e econômico do Lacerda. Também será realizada uma live, no canal ABI TV no Youtube, com o historiador Fabio Garcia, autor do livro Gustavo de Lacerda: Vida e obra de um jornalista negro catarinense (1854 – 1909).

Na foto acima estão os jornalistas responsáveis pela produção das homenagens ao fundador da ABI: Marcos Gomes, Luiz Paulo Lima, Marielli Patrocínio, Lucas Adeniran e Jamile Barreto.