‘É urgente a volta da exigência do diploma para jornalistas’, diz presidente da ABI em fórum nacional


Foto: Robson Cesco

Na terça-feira (4/6), os secretários estaduais de Comunicação do país se reuniram para discutir o cenário atual do setor, impactado pela centralidade das tecnologias de informação. O debate foi no 5° Fórum Nacional das Secretarias Estaduais de Comunicação, em Brasília.

Os secretários debateram sobre as novas formas de consumo de informação e conhecimento, a inteligência artificial no dia a dia das equipes, os impactos da desinformação, o esgotamento de modelos de pesquisa e monitoramento das notícias e a falta de regulamentação da comunicação.

Em palestra para os secretários estaduais de comunicação reunidos no fórum, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Octávio Costa, abordou a falta de regulamentação da profissão de jornalista no Brasil desde 2009, quando o diploma de Jornalismo deixou de ser obrigatório para o exercício da profissão.

“Nossa profissão tem um código de ética que faz falta para este momento de proliferação de notícias falsas. É urgente a volta da exigência do diploma [para jornalistas]. Cuidar da regulamentação é apoiar um jornalismo de qualidade”, afirmou Octávio Costa.

“O fim da obrigatoriedade do diploma de jornalismo foi responsável pela precarização da profissão. A profissão tem código de ética que faz falta para este momento de proliferação de notícias falsas. É urgente que a profissão volte a ter exigência do diploma. O fim compromete o jornalismo de qualidade e à veracidade da informação”, acrescentou.

O presidente da ABI pediu aos secretários estaduais de comunicação que reforcem junto às bancadas de seus estados a pressão para que o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, coloque em pauta a votação da PEC do Diploma.

Na sexta-feira (7), o presidente ABI, Octávio Costa, em entrevista ao Faixa Livre, de Anderson Gomes, ressaltou a importância do jornalismo para a manutenção da democracia no país, indicou a “urgência” pela volta da exigência do diploma universitário para o exercício da profissão e destacou a relevância da imprensa alternativa para ampliar a discussão sobre os fatos relevantes.

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