Allende não se rende


A ABI e a Fundación Salvador Allende vão realizar, nesta segunda-feira (11/09), às 16h00, na sede da ABI, o ato Allende não se rende, em memória dos 50 anos da morte de Salvador Allende.

O evento foi idealizado pelo produtor cultural chileno Alfredo Saint-Jean Domic. Vão participar Javiera Parra, neta de Violeta Parra, que cantará músicas famosas da avó, como “Gracias a la Vida”, o cantor e compositor Joe Vasconcelos, o saxofonista Leo Gandelman, o músico Marcelo Costa, a atriz Bete Mendes e a roteirista Isabella Thiago de Mello, nascida no Chile à época de Allende, que lerá poesias de seu pai Thiago de Mello, amigo de Pablo Neruda e do próprio Allende.Também estarão presentes integrantes do movimento Viva Chile!, formado por brasileiros e brasileiras que se encontravam no Chile quando ocorreu a resistência heróica de Salvador Allende ao golpe militar de 11 de setembro de 1973.

O ato será transmitido ao vivo no canal ABITV do YouTube.

Na sexta-feira (08), Javiera Parra, Isabela Thiago de Melo, Alfredo Domic e outros integrantes da delegação chilena visitaram a ABI e foram recebidos pelo presidente Octávio Costa; pelo presidente do Conselho Delberativo, Marcos Gomes; pelo diretor administrativo, Moysés Côrrea; e pelos conselheiros Marcelo Auler e Inaê Amado.

Durante o encontro eles presentearam a ABI com uma bandeira do Chile.

Delegação chilena é recebida na ABI. Na foto: Alfredo Saint Jean Domic, Isabella Thiago de Mello, Octávio Costa, Marcos Gomes, Flávia Cavalcanti, Bia Cardoso, Joe Vasconcelos, Inaê Amado, Miguel Davagnino e Javiera Parra

Veja aqui a entrevista do diretor administrativo da ABI, Moysés Côrrea, para a TV Comunitária do Rio de Janeiro, com a cantora chilena Javiera Parra.

O presidente socialista rejeitou de forma veemente a proposta dos golpistas de que se retirasse do pais com sua família. Ficou no Palácio de La Moneda em meio ao intenso bombardeio, até que, diante da invasão inevitável, pediu à filha, à secretaria e aos assessores que se retirassem. Minutos depois, ouviu-se o grito Allende não se rende!. O médico que acompanhava o presidente voltou ao gabinete e viu os últimos espasmos do seu corpo. Allende cumpriu o que disse na despedida no rádio: “Viva Chile!. Viva o Povo! Estas são minhas últimas palavras e tenho a certeza de que meu sacrifício não será em vão. Tenho a certeza que, pelo menos, será uma lição moral que castigará a deslealdade, a covardia e a traição”. Allende cumpriu sua reação ao golpe e pagou com a vida pelos princípios que lhe eram tão caros.