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Rio tem Ato contra anistia aos golpistas e repúdio à ditadura militar


Por Rogério Marques, conselheiro da ABI, com a colaboração do facebook de Sonia Pompeu

Centenas de manifestantes se reuniram na tarde de terça-feira, primeiro de abril, em um ato de protesto contra o golpe de 1964 e a anistia aos golpistas de 2022/23.

A manifestação começou às 15 horas, em frente ao prédio do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), no Centro do Rio, um dos locais de encarceramento e torturas de opositores da ditadura militar.

O mesmo prédio também foi destinado à repressão política durante a ditadura do Estado Novo, no governo de Getúlio Vargas. Ali estiveram presos, entre outros, o líder comunista Luís Carlos Prestes e sua mulher, a militante Olga Benário, antes de ser deportada para a Alemanha e morrer num campo de concentração do regime nazista.

Na terça-feira, o clima em frente ao prédio de passado sombrio, atualmente fechado, era bem diferente dos tempos da repressão. Os manifestantes, entre eles muitos jovens, militantes de partidos políticos e entidades como o grupo Tortura Nunca Mais, começaram a chegar por volta de 15 horas, carregando bandeiras, faixas e cartazes. Diretores e conselheiros da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também participaram do protesto.

Palavras de ordem como “sem anistia”, “golpistas na cadeia” e “ditadura nunca mais” eram gritadas em coro, acompanhadas por instrumentos de percussão. Num carro de som, manifestantes se revezavam em discursos, denunciando a tentativa de golpe do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente é réu e está inelegível. Ao mesmo tempo, era exigida a punição de todos os que participaram de crimes contra a democracia.

Por volta das 17 horas, os participantes do protesto iniciaram uma caminhada pelas Avenidas Chile e Rio Branco até a sede da Associação Brasileira de Imprensa (segunda foto). No auditório da ABI, o ato teve continuidade com a entrega, pelo Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, da 37° Medalha Chico Mendes de Residência a pessoas e entidades que se destacaram na defesa dos direitos humanos.

Dia da Verdade

Gritos de SEM ANISTIA, na solenidade comovente na ABI. O grupo Tortura Nunca Mais homenageou quem se destacou na luta pelos Direitos Humanos, com a medalha Chico Mendes de Resistência. Um dos homenageados foi o médico Laerte Melo. Na plateia estava Afonsinho, ex-craque do futebol, que contestou e desafiou a ditadura militar. O cantor Nevs soltou o vozeirão e emocionou o auditório lotado com o hino da esquerda: O bêbado e a Equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc. No seu discurso, o presidente da ABI, Octávio Costa, destacou o papel da ABI em defesa da democracia.

Deputada Marina do MST e Octavio, presidente te dá ABI, na cerimônia de entrada da Medalha Chico Mendes

Veja a fala do presidente Octávio Costa

Do lado de fora do prédio da ABI, pela primeira vez, manifestantes bolsonaristas, que portavam uma bandeira de Israel, tentaram tumultuar, mas foram rechaçados pelos militantes e pela PM, com gás de pimenta e tiros de bala de borracha para o alto.

https://youtu.be/T1hKxee1RTA?si=aAX_iMChDyuUCvVR

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