04/05/2005
Com a ascensão de Juscelino Kubitschek à Presidência, em 1956, e um governo voltado fortemente para a industrialização e o desenvolvimento, o País vivia a expectativa de ganhar uma nova capital e, na cultura, observavam-se os primórdios da Bossa Nova. Em sintonia com essa realidade, o JB começou o seu processo de mudança. Em junho do mesmo ano foi lançado o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, criado pelo poeta Reynaldo Jardim, onde escreveram Mário Faustino, Ferreira Gullar, os irmãos Augusto e Haroldo de Campos e Mário Pedrosa, entre outros nomes ilustres da literatura.
O SDJB potencializou o surgimento do Caderno B, lançado em 15 de setembro de 1960, que foi o primeiro caderno da imprensa brasileira exclusivamente dedicado a variedades e serviu de modelo para os segundos cadernos e cadernos culturais editados em todo o País.
Em 1957, ainda em processo de reformulação, a direção do JB convidou Odylo Costa, filho, que levou com ele uma equipe de jovens jornalistas como Jânio de Freitas, Carlos Lemos, Wilson Figueiredo e Amílcar de Castro, que imprimiram ao jornal um estilo ao mesmo tempo mais leve e agressivo. O espaço do noticiário e o número de páginas aumentaram e a opinião do jornal e o uso de fotos passaram a ter grande destaque.
No aspecto gráfico, Amílcar de Castro introduziu muitas inovações, eliminando os fios, implantando a diagramação vertical e valorizando os espaços brancos das páginas. Em junho de 1959, pela primeira vez, a primeira página do jornal saiu com os classificados em L, concretizando a nova realidade do jornal.