28/11/2024
Os indígenas que bloqueiam trecho da MS-156, em Dourados, como forma de protesto pela falta de água nas aldeias Jaguapiru, Bororó e Panambizinho, denunciaram aos deputados estaduais do Mato Grosso do Sul uma ação violenta da tropa de choque da Polícia Militar.
O Comitê de Defesa Popular de Dourados-MS divulgou uma nota de apoio à população índígena de Dourados e Itaporã que luta pelo direito à água e contra a repressão violenta do governo:
NOTA DE APOIO À POPULAÇÃO INDÍGENA DE DOURADOS E ITAPORÃ QUE LUTA PELO DIREITO À ÁGUA E CONTRA A REPRESSÃO VIOLENTA DO GOVERNO
A Reserva Indígena de Dourados-MS, com mais de 13 mil habitantes em menos de 3.500 mil hectares, está vivendo dias agoniantes com a falta de água potável para as necessidades básicas da população Guarani, Kaiowá e Terena. A situação se tornou insustentável e a população indígena foi para a rodovia realizar um bloqueio pacífico para cobrar o direito ao bem básico que é a água.
O Governo do Estado respondeu à população indígena de uma forma violenta, com bombas, balas e pancadaria, enviando a Polícia Militar (tropa de choque) para conter a população que está reivindicando água para abastecer suas casas, as escolas, o posto de saúde, os animais e as plantas.
É impossível conter a sede com violência. É preciso medidas básicas como perfuração de mais poços artesianos e instalação de mais caixas d’água. É preciso mais solidariedade da sociedade douradense com as pessoas que convivem e trabalham diariamente na cidade de Dourados. É preciso medidas de saneamento e não pancadaria.
O Comitê de Defesa Popular de Dourados-MS vem a público manifestar seu apoio às famílias da Reserva Indígena de Dourados e Itaporã que estão lutando pela vida, quando solicitam que as autoridades levem água às suas torneiras.
Comitê de Defesa Popular de Dourados-MS