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Pau–Brasil, replantio e estudo das espécies


17/05/2025


Por Maria Lúcia Martins, da Comissão de Meio Ambiente

Helen Moreira, Patrícia Soares e Alan Henrique Abreu

O Ibama-RJ reuniu especialistas no plantio e estudo do pau-brasil, cujas espécies são diferentes conforme a origem da planta. Patrícia da Silva Soares, Analista Ambiental, que coordena os estudos no Estado, explicou as diferenças: “é importante o replantio correto de cada planta de acordo com a região, a partir de mudas geradas localmente, preservando a diversidade da planta”, explicou.

Uma das características do pau-brasil no Estado do Rio de Janeiro são folhas bípedes, de 5 a 10 cm e pinadas, sendo a inflorescência de 5 pétalas, com flores avermelhadas. Há uma Base de Dados das fases do pau-brasil, na qual estão incluídas as expedições de campo, resultado de 20 anos de pesquisas. Os dados comparativos abarcam a distribuição original e a atual da planta. As ações de conservação percorrem os parques e UCs, municipais, estaduais e federais, na busca da presença de árvores de várias idades, dentre elas se destacam o Parque Estadual da Pedra Branca e o Parque Nacional da Tijuca. Nas estratégias da conservação está a Educação Ambiental. A alta priorididade dos estudos é focar in sittu com pesquisa genética, marcação das matrizes para produzir mudas, fazer coleta de sementes e plântulas, para pesquisa e restauração florestal. É sabido que algumas abelhas polinizam o pau-brasil.

A legislação em curso só permitirá a exportação de pau-brasil de floresta plantada.

A organizadora do evento, Helen Moreira, perguntada sobre a situação do plantio de eucaliptos em detrimento de espécies da Mata Atlântica, respondeu que o plantio de ciclo curto é cômodo e lucrativo para os agricultores no RJ,

O artista José Diniz, apresentou seu trabalho sobre Poesia Pau- Brasil, com fotos editadas em livro, uma delas das matizes das sementes da planta. Ele encontrou na floresta de Itamaraju-BA o pau-brasil mais antigo: de 600 anos.

Produzindo água com ações ambientais

O engenheiro florestal da Cedae, Alan Henrique de Abreu, apresentou as práticas desenvolvidas pela empresa em várias ações ambientais. O programa Replantando Vida que mantém viveiros florestais em diversas áreas das estações de tratamento de água. As unidades têm capacidade de produzir 2 milhões de mudas por ano de 254 espécies nativas da Mata Atlântica, das quais 40 estão ameaçadas de extinção.

As equipes de reflorestamento do Replantando Vida atuam continuamente nas bacias dos Rios Guandu e Macacu, que juntos abastecem mais de 12 milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Um dos principais polos é o Centro de Ressocialização Chagas Freitas, ecossistema criado pela Cedae na ETA Guandupara recebimento, orientação e capacitação de pessoas em cumprimento de pena. Mais de 6 mil pessoas já passaram pelo programa que produz mudas de 254 espécies da Mata Atlântica, 40 delas ameaçadas de extinção, e recebeu 25 prêmios e selos de sustentabilidade e responsabilidade social.