26/02/2010
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) informou que está investigando a denúncia publicada na Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira, 26 de fevereiro, de que documentos secretos da ditadura militar foram desviados de um arquivo federal, para a sede regional do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-6), localizada em Santos.
O responsável pela apuração da denúncia é o coordenador da comissão, Martim de Almeida Sampaio. O Ministério Público Federal (MPF) também está acompanhando o caso, que vazou após um telefonema anônimo transmitido por um ouvinte ao radialista João Carlos Alckmin, de São José dos Campos, que entrou em contato com o Conselheiro da OAB, Arley Rodrigues. Em entrevistas à Agência Brasil Rodrigues disse o seguinte: “Nós agora precisamos de uma resposta sobre a razão por que esses documentos não estão no arquivo público”.
Sobre o desaparecimento dos documentos, o Coordenador da Comissão da OAB afirmou que se os documentos forem achados é possível que se possa esclarecer o desaparecimento de Eduardo Collen Leite, considerado um dos principais militantes de esquerda que lutaram contra o regime da ditadura militar, ao lado do líder guerrilheiro Carlos Marighela.
Martim de Almeida Sampaio disse que juntamente com representantes do Ministério Público fará uma visita a Santos, para apurar as denúncias e ouvir o delegado encarregado do caso, Waldomiro Bueno Filho. Para o coordenador da OAB, os documentos desaparecidos são peças importantes para o esclarecimento de episódios de violação de direitos humanos no Brasil, durante o regime militar.
(*) Com informações da Agência Brasil e da Folha de S.Paulo.