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Na Rússia, Lula celebra 80 anos da vitória contra o nazismo


10/05/2025


Com informações da Agência Brasil

 Foto:  Ricardo Stuckert / PR

O presidente Lula participou, nesta sexta-feira (9), em Moscou, na Rússia, da parada cívico-militar que celebra os 80 anos de vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Nesta data, em 1945, o Exército Vermelho anunciou a rendição incondicional dos alemães, pondo fim ao conflito que devastou a Europa ocidental e matou dezenas de milhões de pessoas por mais de meia década (1939-1945).

Na Rússia, a data é conhecida como Dia da Vitória e é marcada por uma grande celebração nacional. O Kremlin vai exibir tropas, veículos militares e sistemas de armas no tradicional desfile na Praça Vermelha, em Moscou, e espera reunir 29 líderes internacionais, de acordo com o conselheiro de Política Externa russo, Yuri Ushakov, entre eles, Xi Jinping, presidente da China; Nicolás Maduro, presidente da Venezuela; Miguel Diaz-Canel, presidente de Cuba; Aleksander Lukashenko, presidente de Belarus; Capitão Ibrahim Traoré, de Burkina Faso; e  To Lam, presidente do Vietnã.

A rendição incondicional dos alemães entrou em vigor na noite de 8 de maio de 1945, mais precisamente às 23h01 na Europa Ocidental, quando já passava da meia-noite em Moscou. Por isso, enquanto países como França, Reino Unido e os Estados Unidos celebram o fim da guerra em 8 de maio, a União Soviética passou a comemorar no dia seguinte, 9 de maio. Vinte e sete milhões de soviéticos morreram, de longe a maior perda de qualquer país, no que os russos chamam de Grande Guerra Patriótica. E a ideia reforçada pelo governo até hoje é que a vitória sobre o nazismo não foi apenas um feito militar, mas uma prova da coragem e resiliência do povo.

O Brasil teve participação destacada na 2ª Guerra Mundial, ao lado dos aliados, com a Força Expedicionária Brasileira, a FEB, na Itália. As tropas brasileiras atuaram nas regiões montanhosas da Itália entre o fim de 1944 e o início de 1945. A principal batalha travada foi a de Monte Castelo. Foram enviados 25 mil militares, comandados pelo general Mascarenhas de Morais, para combater o nazifascismo na Europa, dos quais 467 morreram nos campos de batalha e 2.700 foram feridos ou ficaram mutilados para o resto de suas vidas. Esses soldados ficaram conhecidos pelo nome de “pracinhas”.

Lula está no país desde quarta-feira (7), a convite de Vladimir Putin, com quem manterá reunião bilateral ao longo do dia.

De acordo com a agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, Lula inicia a programação às 10h, horário local (4h pelo horário de Brasília) com a participação na cerimônia principal, na Praça Vermelha, centro da capital russa. Em seguida, o presidente participa da cerimônia de oferenda floral no túmulo do soldado desconhecido.

A agenda prossegue com um almoço oferecido por Putin no Palácio do Kremlin, sede do governo russo. Na parte da tarde, ainda manhã no Brasil, Lula e Putin se reúnem em agenda bilateral. Estão previstos anúncios de parcerias comerciais e a assinatura de acordos na área de ciência e tecnologia.

Ainda nesta sexta, Lula manterá uma reunião bilateral com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, e termina o dia de compromissos com um jantar oferecido pela Embaixada do Brasil em Moscou. Lula está acompanhado da primeira-dama Janja da Silva e por uma comitiva de ministros e autoridades da República, incluindo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

De Moscou, Lula e comitiva embarcam no dia seguinte para Pequim, na China, onde participam da cúpula entre o gigante asiático e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nos dias 12 e 13 de maio, além de fazer uma visita de Estado, com a assinatura de, pelo menos, 16 atos bilaterais.