15/04/2008
O jornalista Arthur Cantalice, de 81 anos, passou mal às 16h30 desta terça-feira, dia 15, quando discursava na reunião do Conselho Deliberativo da ABI. Socorrido pelos companheiros, entre os quais o jornalista Fritz Utzeri, que é médico, ele não resistiu a um fulminante ataque cardíaco.
Cantalice era sócio da ABI desde 1973, foi Diretor da entidade na gestão de Prudente de Moraes, neto (1975-1977) e era membro do Conselho Deliberativo da Casa desde 2006. Articulista do semanário Correio da Lavoura, de Nova Iguaçu, no qual mantinha a coluna política “O negócio é o seguinte”, ele começou no jornalismo como crítico de programas de rádio do jornal comunista Imprensa Popular, que deixou de circular um ano depois.
Após essa iniciação no jornalismo, passou a trabalhar no porto do Rio de Janeiro, onde teve posições de liderança que o levaram à Direção da antiga União dos Portuários do Brasil. Por essa militância, foi preso, processado e demitido da extinta Administração do Porto do Rio de Janeiro. Com a promulgação da Constituição de 1988, foi anistiado, reintegrado e aposentado compulsoriamente por motivo de idade. Torcedor do América Futebol Clube, que lhe deu nos últimos dias a tristeza do rebaixamento para a segunda divisão do futebol carioca, ele editava numa dependência do Salão de Estar da ABI, no 11° andar do Edifício Herbert Moses, um jornal mural em que comentava com atualizações diárias assuntos variados, da política ao esporte, da economia à moda, do meio ambiente à política internacional.
Os Presidentes da ABI, Maurício Azêdo, e de seu Conselho Deliberativo, Fernando Barbosa Lima, emitiram declaração lamentando o seu falecimento. “Cantalice era devotado ao interesse público e ao progresso social, muito seguro na exposição de suas idéias e coerente em seus opinamentos, com freqüência revestidos de extremada franqueza”, diz a declaração.
A reunião do Conselho da ABI foi suspensa e terá prosseguimento nesta quinta, dia 17, às 1