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Morre Guy de Almeida, aos 93 anos, uma das grandes referências do jornalismo


03/05/2025


Foto: Reprodução ALMG

Faleceu na sexta-feira (2), aos 93 anos, o jornalista Guy Affonso de Almeida. O velório será realizado neste sábado (3), no Cemitério Parque da Colina, no Nova Cintra. O Diário do Comércio expressa seu profundo pesar e agradece imensamente pela significativa contribuição de Guy ao jornalismo brasileiro.

O legado de Guy de Almeida

Sua trajetória profissional deixou um legado que influenciou gerações de jornalistas. Guy de Almeida foi repórter, professor, editor e um incansável defensor da cultura e da democracia. Nos anos de 1970, foi coordenador editorial do Diário do Comércio e do Jornal de Casa.

Durante o período da ditadura militar, Guy de Almeida enfrentou o exílio por 13 anos, vivendo no Chile e na Itália, onde trabalhou na Organização das Nações Unidas (ONU) e na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Ele também atuou no Governo do Distrito Federal e foi vice-ministro da Cultura em 1985.

Seu trabalho como jornalista e intelectual sempre foi marcado por uma visão progressista, buscando refletir sobre as realidades sociais e políticas do Brasil. Ele foi uma referência para várias gerações de jornalistas, e sua carreira se estendeu não só no Brasil, mas também no exterior, como exilado.

Guy de Almeida também teve grande influência em sua família, com seu filho Artur Almeida, que foi apresentador e editor-chefe do MGTV e do Bom Dia Minas, ambos da TV Globo Minas. Artur Almeida morreu em 2017, aos 57 anos. Sua neta, Amanda Almeida, seguiu a carreira jornalística, atuando no O Globo.

“Uma referência, a maior delas, para todos nós. Sua passagem pelo Diário do Comércio e pelo Jornal de Casa faz parte da nossa história e deixou marcas que nunca se apagarão“, afirmou o jornalista Luiz Carlos Costa.

“Amigos e amigas, acabo de receber a triste e conformada notícia da passagem de Guy de Almeida. Tive a honra de visitá-lo há poucos meses e conversar com ele, Clélia e seu filho Guilherme. Minha presença aqui hoje é para prestar minha reverência a esse Gigante que nos deixa. Guy me acolheu no jornalismo no início dos anos 60 no Binômio e foi meu inspirador pelo resto da vida. Tive o privilégio de contar com um mestre que, ao longo de toda sua vida, honrou a profissão de jornalista, aqui e fora do país, como exilado. À sua esposa Clélia e aos filhos, nossa solidariedade na dor e na memória“, destacou o também jornalista Lélio Fabiano.

“Guy de Almeida nos deixou um exemplo de admirável figura humana. Excepcional jornalista e intelectual, sempre atento às realidades, corretíssimo em suas condutas e responsabilidades editoriais. Com uma visão progressista, permaneceu 13 anos no exílio, morando no Chile e na Itália, trabalhando na ONU, na PUC Minas, no Governo do Distrito Federal, no Diário de Minas e noDiário do Comércio. Um exemplo de caráter e amizade. A ele devo o exemplo de jornalista, homem de pensamento e de fidelidade às melhores causas em prol da evolução do Brasil para uma sociedade mais justa. Uma grande perda“, afirmou o jornalista Mauro Werkema.

Quem também se manifestou sobre a morte de Guy foi o senador Cristovam Buarque. “O Brasil perdeu hoje Guy de Almeida: um dos maiores jornalistas que o país já teve, um homem público que ocupou cargos com integridade e competência. A população de Brasília deve a Guy seu papel no Governo do Distrito Federal“, postou em suas redes sociais.