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Morre, aos 100 anos, Clara Charf militante histórica e viúva de Marighella


03/11/2025


Por Fernando Miller, no DCM
Foto: Reprodução
A militante de esquerda Clara Charf morreu aos 100 anos nesta segunda-feira (3). Ligada às lutas sociais desde a juventude, ela participou de movimentos contra a repressão durante a ditadura militar e integrou organizações como o Partido Comunista Brasileiro e a Ação Libertadora Nacional. Sua trajetória inclui articulações políticas em defesa da democracia e dos direitos civis em diferentes fases da história do país.

Clara foi casada com Carlos Marighella, líder guerrilheiro morto em 1969 durante operação da polícia política. Após o assassinato do companheiro, a militante permaneceu ativa em iniciativas pela memória de perseguidos pelo regime e atuou em defesa de políticas de reparação. Nos anos seguintes, aproximou-se da construção partidária de esquerda no país.

Ao longo das últimas décadas, Clara filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e participou de campanhas, eventos e mobilizações. Organizações, movimentos sociais e apoiadores lamentaram a morte da militante, destacando sua presença em atividades políticas e encontros públicos, nos quais era convidada com frequência.

“Conheci Clara Charf em Cuba, nos anos 70. Já era uma lenda para nós, jovens que lutávamos contra a Ditadura. Companheira de Marighella e militante política, sempre dedicou sua vida à luta por justiça e pelo socialismo. Militou desde jovem no PCB, depois na ALN e, por fim, no PT, onde foi uma das principais lideranças na luta pelos direitos das mulheres. Uma vida dedicada à revolução e à luta política e social. Clara deixa saudade e um exemplo de dignidade, coragem e coerência política. Sincera e dura na crítica, sempre me tratava com aquele carinho e afeto cúmplice dos que sonham por um mundo novo, mas sabem que sua conquista exige um compromisso de vida.Clara Charf PRESENTE!”