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Marcha no Rio defende a Petrobras


21/05/2009


Com dezenas de faixas e bandeiras, entre as quais uma com a inscrição “Sindicato Unificado de São Paulo — Em defesa da Petrobras” que cobria toda a largura da Avenida Rio Branco, milhares de pessoas marcharam na manhã desta quinta-feira, dia 21 de maio, da Candelária à sede da Petrobras, na Avenida República do Chile, numa manifestação de defesa da empresa e de protesto contra a convocação da Comissão Parlamentar de Inquérito aprovada pelo Senado Federal. O ato rompeu a pasmaceira de manifestações desse tipo no Rio, que há muito não assistia a uma passeata do porte dessa, a qual reteve durante mais de uma hora o trânsito na Avenida Rio Branco e imediações.

Convocado por uma série de entidades da sociedade civil, à frente a Federação dos Petroleiros, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Confederação dos Trabalhadores do Brasil (CTB), o ato reuniu representações de sindicatos do Rio, entre os quais o dos Bancários e Financiários, de Municípios da Baixada Fluminense, de Angra dos Reis e do Sul do Estado, bem como dirigentes e delegações de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Também se fizeram presentes dirigentes do PT, do PCdoB e do PCB.

Em discursos no ponto de concentração, diante da Igreja da Candelária, e, depois, no entorno da sede da Petrobras na Avenida República do Chile, que foi abraçada pelos manifestantes, a manifestação expressou repúdio ao PSDB e ao DEM, o qual figurou também, em tom de denúncia, numa das muitas faixas exibidas: “CPI tucana é para entregar o petróleo do Brasil”.

Na abertura do ato, iniciado pouco depois das 9h, discursaram dezenas de oradores, entre os quais os Deputados Federais Luiz Sérgio (PT-RJ), Carlos Santana (PT-RJ) e Luiz Alberto (PT-BA), os Deputados Estaduais Gilberto Palmares e Inês Pandeló, ambos do PT e da Assembléia Legislativa do Estado do Rio, e representantes de vários sindicatos. Diante da sede da Petrobras, para a qual a multidão se deslocou a partir das 10h45, já então com a participação do Prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, discursaram representantes de entidades nacionais, entre os quais os Presidentes da ABI, Maurício Azêdo, e da União Nacional dos Estudantes-Une, Lúcia Stumpf.

Convidado a se integrar à manifestação pela Federação dos Petroleiros, o Presidente da ABI lembrou que a campanha “O petróleo é nosso” começou no auditório do atual Edifício Herbert Moses, sede da Casa, em 4 de abril de 1948, de onde se espraiou pelo Brasil afora. A ABI, disse, tem desde então uma posição vigorosa de defesa da Petrobras e do monopólio estatal do petróleo. 

Entre as faixas conduzidas pelos manifestantes destacavam-se estas, pelos dizeres e pelas dimensões: “Sindicato Unificado do Estado de São Paulo — Por uma nova lei do petróleo”; “Senadores, o desenvolvimento do Brasil depende da Petrobras”; “CPI da Petrobras tira empregos dos trabalhadores”; “Não aos leilões do nosso petróleo”; “O pré-sal é do povo brasileiro”; “Quem é contra a Petrobras é contra o Brasil”.