06/05/2005
“Livro que merece ser lida e relida sempre, ‘Dom Casmurro’, de Machado de Assis, também inspira outros autores a escrever, motivados pelo romance ambíguo, o ciúme doentio e a suspeita de adultério que envolve seus protagonistas Bentinho, Capitu e, claro, o personagem-título.A jornalista e escritora Adisia Sá (foto) aceitou o desafio de fazer uma leitura pessoal da célebre obra machadiana e escreveu ‘Capitu conta Capitu’, uma narrativa cheia de leveza e do amor que haveria entre os vizinhos Capitu e Bentinho, escrita sob a ótica da mulher que gera toda a trama, dando a sua versão de uma das mais discutidas histórias no Brasil, com a dúvida que paira para sempre no ar sobre a possível traição. O romance da jornalista, único em sua carreira, foi relançado recentemente e é leitura obrigatória para todos aqueles que amam os temas humanos e, portanto, eternos que Machado soube tão bem abordar. Releiam ‘Dom Casmurro’, mas leiam ‘Capitu conta Capitu’, de Adisia Sá, que não se arrependerão.” |
“Lançado pela Nova Fronteira, ‘O show do eu — A intimidade como espetáculo’ foi a tese de doutorado da antropóloga argentina Paula Sibilia em Comunicação e Cultura, na UFRJ. No livro, ela analisa um fenômeno contemporâneo: o interesse por blogs, fotologs e reality shows, que encobre uma dissociação da estrutura individual, pela qual é mais importante aparecer do que ser. Recorrendo a filósofos como Nietzsche e Walter Benjamim, ela mostra como o mundo inteiro vive uma crise do real e o esvaziamento da produção cultural, a qual se limita a reproduzir vidas que, em outras épocas, não atrairiam espectadores. A discussão entre falta de limites do público e do privado e a espetacularização da sociedade também estão na obra.” |
“Nós jornalistas costumamos reclamar bastante do fechado mercado de trabalho. Assim, acho que vale ler algo que poderia nos despertar para procurar o nosso ‘oceano azul’. Explico: recomendo aos colegas a leitura de ‘A estratégia do oceano azul’, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne. Trata-se de uma interessante maneira de nos mostrar que ganhadores ‘não concorrem com os rivais: eles os tornam irrelevantes’. Mostra também, por outro lado, que criar novos mercados e inovar não é garantia de sucesso comercial. A ‘Estratégia’ dá caminhos para ligar a inovação ao sucesso e ensina a administrar esse processo. Quem quiser saber mais a respeito antes de comprar o livro, sem ter muito trabalho, encontrará na internet interessantes entrevistas com os autores.” Ritamaria Pereira, jornalista especializada em Turismo (CET/UnB) |
“Recentemente publicado pela Editora Multifoco, ‘Cineclubismo — Memórias dos anos de chumbo’, de Rose Clair Matela, é mais do que um panorama do que foi este movimento da maior importância para a resistência cultural (e principalmente política) durante a ditadura militar pós-64. É também uma reflexão sobre os meios e as formas de trabalhar a memória e a narrativa em tempos sombrios e de como ‘essa experiência possibilitou a construção de ações coletivas traduzidas numa prática político-cultural que ampliava o exercício da cidadania num momento em que pensar e agir coletivamente era caso de polícia’, como diz a apresentação. Acho que o tema interessa a todos os colegas.” |
“Além de ser fantástico, ‘O homem e sua hora’, de Mário Faustino, faz parte do meu estudo na área acadêmica. Foi publicado originalmente em 1955 e relançado há pouco tempo pela Cia. das Letras. É um livro difícil, de poética complexa, com uma variedade técnica invejável e que gera tensões ainda hoje pouco exploradas pela tradição literária brasileira. Tanto que Augusto de Campos chamou Mário de nosso ‘último verse-maker’. Felizmente, a vanguarda do concretismo cedeu ao tempo e o verso acabou não encerrando seu ciclo histórico. Infelizmente, o poeta morreu cedo, aos 32 anos, numa queda de avião nos Andes, acirrando as disputas por sua vaga no campo literário e transformando seu nome numa espécie de tabu para a crítica especializada. De qualquer forma, sua obra, não finalizada, vem resistindo ao tempo e às inclusões mais tendenciosas neste ou naquele viés da história de nossa literatura.” Fabio Riggi, da Linhas&Laudas Comunicação |
“Entre as 130 crônicas de Nelson Rodrigues que compõem o livro ‘O reacionário’, relançamento da Editora Agir, algumas são dedicadas à sua experiência como dramaturgo. O escritor conta que, depois da estréia de ‘Vestido de noiva’ — sua primeira peça, sucesso retumbante —, foi dominado pela vaidade. Como não podia se auto-elogiar nos jornais, criou o que chamou de ‘recurso promocional’: escrevia textos louvando seu talento e pedia a amigos que assumissem a autoria: ‘Assinavam tudo com radiante impudor’, diz ele. Depois de algum tempo, porém, ‘a vaidade saturou’ e Nelson suspendeu a prática, confessando ter chegado a uma conclusão surpreendente: ‘Os admiradores corrompem’.” Marlene Martelotte, assessora de imprensa |
“Recomendo o recém-lançado livro o sociólogo Maurício Murad ‘As fogosas aventuras de J. Ferreira’, em que, dando outro sentido ao título, o autor conta carinhosamente a história de como o Mal de Alzheimer foi transtornando a vida do protagonista — uma figuraça tirada da realidade — e de toda a sua família. Detalhes que podem entusiasmar ainda mais os possíveis leitores da obra: ela é pequena, com pouco mais de cem páginas, e barata. E, para se ter uma idéia de como é divertida, soube que já está sendo adaptada para o teatro, em forma de musical.” Aguinaldo Ramos, Vice-presidente da Arfoc-RJ (Associação dos Repórteres-fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro) |
“Jayme Copstein é um veterano jornalista de Porto Alegre, com passagens pelas redações dos diários de maior tradição naquela cidade. Em tempos recentes, tem trabalhado também na produção de programas de rádio e TV. Um pouco de suas lembranças e extenso conhecimento da ‘vida íntima’ da imprensa rio-grandense ocupa agora as páginas de ‘Ópera dos vivos’, livro publicado pela Editora Canadá (RS). Não se trata de um relato historicamente articulado. A trajetória de vários jornais da capital gaúcha e de cidades do interior é referenciada em meio à narração de ‘casos’, muitos dos quais se distinguem por seus aspectos cômicos. Mas o autor, bem informado sobre a imprensa estrangeia, mostra, com exemplos pertinentes, a universalidade de certos erros e frustrações que têm atormentado jornalistas gaúchos. ‘Ópera dos vivos’ é bem escrito e de leitura agradável. Copstein sabe associar na medida certa o humor à seriedade dos fatos.” |
“Dizem as más línguas — e as péssimas repetem — que Machado de Assis teria tido um filho com a mulher de José de Alencar. Esse filho seria Mário de Alencar, também escritor, que se tornou confidente e amigo de Machado em seus últimos anos. A fofoca é centenária e não passa disso, pois não há quaisquer provas do fato. Mas serviu de ponto de partida para um surpreendente romance: ‘A filha do escritor’, de Gustavo Bernardo Krause (Ed. Agir). Professor de Teoria de Literatura, pesquisador da obra do bruxo do Cosme Velho, o autor une, na trama, elementos de um romance — ‘Ressurreição’ — e de um conto de Machado — ‘O alienista’. E faz o que os ingleses chamam de ‘a private joke’, uma brincadeira dirigida a um grupo particular. Nesse caso, o seleto grupo que tem conhecimento da ‘fofoca’ (em geral, estuditriosos da literatura brasileira). Isso porque, em nenhum momento, ‘A filha do escritor’ cita o tal boato. A referência — ou a brincadeira — se dá no próprio desenvolvimento da história: a personagem principal se julga, em pleno século XXI, uma filha de Machado de Assis, gerada fora do seu casamento. Uma excelente leitura.” Isa Cambará |
“A série de livros escrita por Douglas Adams, tendo início em ‘O guia do mochileiro das galáxias’ (‘The hitchhiker’s guide to the galaxy’), mostra um mundo diferente, peculiar, e busca, de certa forma, encontrar as respostas para a vida, o universo e tudo mais. Numa narrativa dinâmica e cheia de ironia inteligente, o ‘Guia’ envolve qualquer pessoa que se arrisque a abri-lo, pois torna o ato da leitura relaxante, divertido e ligeiro, sempre com um gostinho remanescente de ‘quero mais’. Por falar na história, sua adaptação para o cinema — que à época gerou certa expectativa, devido à irreverência do banner de divulgação — é excelente. Sob a direção de Garth Jennings, e com excelente atuação dos atores Martin Freeman e Sam Rockwell, o longa se torna sinônimo de risos do início ao fim. Vale a pena ler toda a série e assistir ao filme.” Aline Sá, estagiária |
“Estou lendo atualmente e recomendo um livro bem interessante chamado ‘Nem tudo era italiano — São Paulo e pobreza (1890-1915)’. É um texto muito agradável de Carlos José Ferreira sobre a formação da cidade e de como várias culturas foram marginalizadas no processo produtivo e social.” Erika Alexandra Balbino, da Baobá Comunicação (www.baobacomunicacao.com.br) |
“Desde quando existe a ficção policial, ou detetivesca, ou de mistério, ou noir, ou como seja designada pelas grandes línguas contemporâneas? Para saber a resposta e conhecer melhor o gênero, nada como ler o mais recente título do jornalista, escritor e tradutor Mario Pontes, ‘Elementares’, um conjunto de 13 ensaios sobre o tema, publicado pela Editora Odisséia. O livro foi escrito de uma perspectiva histórica, de modo a responder não somente a elementares perguntas sobre autores e títulos, mas, em especial, a questões sobre a dinâmica da ficção policial no mundo da literatura.” Zilda Ferreira, jornalista ambiental e sócia da ABI |
“Minha recomendação é ‘As anedotas picantes do Dr. Gabriel’, terceiro livro do jornalista e escritor João Garcia Duarte Neto, que passou por algumas das mais importantes redações do País e hoje é Diretor editorial de A Cidade, de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O título — escolhido pelo editor Sérgio de Souza (1934-2008) — desnuda um universo cruel e picaresco onde circulam coronéis, apaniguados, mulheres fáceis ou beatas, amantes burlescos e adultérios à moda da roça: no mato, ao som da sanfona, com as bênçãos do marido. Também esmiúça a aristocracia rural decadente e as mazelas de um tempo cinzento, em que a redenção só chega através da religião, do sonho, ou do sexo. Com fina técnica, o autor mantém, durante toda a leitura, um suspense intrigante que só se resolverá no fim da obra, como convém aos melhores livros policiais.” Jorge Pacheco, da assessoria de imprensa Bureau de Idéias |
“Você conhece ‘O pequeno Príncipe’? Se ainda não leu uma das mais belas obras universais que consagrou o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, procure-a no sótão da família, onde poderá existir um antigo exemplar guardado entre outros títulos empoeirados… Porém, se você leu o escrito ambicioso, tido como infanto-juvenil e há mais de 300 semanas alinhado entre os mais vendidos no País, retome a leitura, pois quem sabe você não estará carente de uma dose elevada de singeleza? Quer me parecer uma tarefa fácil falar daqueles que amamos. Esse é o caso com relação ao escritor, porque o conheci no auge da juventude, quando as emoções povoavam minha cabeça e meu coração de adolescente ansioso, às voltas com as paixões emolduradas em telas surreais. Revê-lo em prosa é um prazer renovado. É como beber água cristalina de uma fonte inesgotável que ele nos deixou e onde se revela o filósofo de verve extensa, mergulhando-nos na análise dos homens que almejam ser, urgentemente, descobertos e revelados.” Toni Marins, sócio da ABI |
“Minha sugestão de leitura é uma obra muito instigante, traduzida do françês — com o título original ‘Le rapport de la CIA: Comment sera le mond en 2020?’ — e introduzida por Heródoto Barbeiro com o título brasileiro de ‘O relatório da CIA — Como será o mundo em 2020’. O livro é um relatório não-sigiloso do Conselho Nacional de Inteligência norte-americano, que vislumbra grandes mudanças em todo o planeta até daqui a 12 anos, perpassando os campos da economia, da religião, da tecnologia, da política e das guerras. Uma obra que amplia os horizontes do leitor e polemiza bastante em torno de alguns conceitos já estabelecidos sobre o futuro de certos países, ressaltando a posição de Brasil, China e Índia.” Willkier Barros, assessor de imprensa |
“Recomendo o livro ‘Como o cérebro funciona’, que integra a série ‘Mais ciência’, da Publifolha, e explica como esse órgão pode dar sentido ao mundo que nos cerca, além de examinar temas como a diferença entre seu hemisfério esquerdo e o direito. A publicação traz um relato eloqüente e fascinante dos processos que ocorrem no subterrâneo de aparente calma de nossos pensamentos e mostra o desenvolvimento de tecnologias avançadas que permite a evolução nos estudos sobre a consciência humana. O cérebro é o mais complexo mecanismo conhecido pelo homem. Pensar nele como um computador gigante explica muito de seu funcionamento surpreendente. Ele contém áreas especializadas em diversas atividades, como planejar movimentos, fazer julgamentos ou mapear o cenário visual. O leitor terá uma idéia de como são criadas a consciência e a mente humana e o volume contém ainda um glossário e indicação de leitura complementar. O autor, John Mccrone, nasceu na Grã-bretanha, já escreveu outros livros e colabora regularmente com as revistas inglesas New Scientist e Lancet Neurology, bem como com o jornal The Guardian. Os volumes da série ‘Mais ciência’ são ilustrados e, embora escritos por especialistas, têm uma linguagem popular.” Gésner las Casas, radialista e jornalista da Rede CBS |
“O livro de Elizabeth Gilbert ‘Comer, rezar, amar’ narra a viagem de um ano que a autora fez em busca de sua descoberta pessoal. Após seu divórcio, ela entrou em depressão e, para se recuperar, decidiu viajar ao redor do mundo. Com uma narrativa divertida, inteligente e espirituosa, Elizabeth relata o que aconteceu durante sua odisséia particular. Em 2007, o livro ficou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times e pode, ainda este ano, ganhar versão no cinema, tendo Julia Roberts como protagonista.” Gabriela Miranda, assessora de Comunicação da Revista Imprensa |
“O recém-lançado livro ‘1968 — Eles só queriam mudar o mundo’, dos brilhantes colegas Ernesto Soto e Regina Zappa, relembra, mês a mês, os acontecimentos políticos, econômicos, sociais e culturais de 40 anos atrás, de maneira ágil e bastante profunda. Além de falar sobre os movimentos em Paris, no Rio, em Chicago e no Vietnã, os autores abordam aspectos divertidos daqueles tempos em que o maniqueísmo foi desmistificado.” Olga de Mello |
“Um livrinho pequeno, que considero indispensável, é ‘Blogs corporativos: modismo ou tendência?’, de Carolina Frazon Terra. Garantia de leitura agradável e rápida, com informações concisas para quem ainda se sente perdido nesta nova linguagem da web 2.0 e dos blogs e imperdível para jornalistas e assessores de imprensa. O livro é a tese de doutorado da autora, editada pela Difusão.” Bia Bansen, da Bansen Associados Comunicação |
“Não é à-toa que há várias semanas ‘1808’, de Laurentino Gomes, está no topo da lista dos mais vendidos. Como explica o próprio autor no prefácio, ele fez uma ‘reportagem’ sobre a chegada da família real ao Brasil, tornando a leitura extremamente prazerosa e informativa. Ao contrário dos livros de História de escola, que em geral são muito superficiais, Laurentino tomou o cuidado de contextualizar a situação que Portugal vivia na época, explicando o cenário mundial com uma linha do tempo. Assim, mesmo o mais leigo em assuntos da História do Brasil consegue entender as razões que levaram ao ‘auto-exílio’ a família real portuguesa.” Bia Bansen, da Bansen Associados Comunicação |
“Minha dica é o ‘Almanaque da TV’, dos autores Rixa e Bia Braune. De leitura fácil e rápida, o livro faz um passeio sobre a história da televisão brasileira. É possível conhecer tudo sobre as telenovelas, relembrar os programas de auditório e ainda sentir uma certa nostalgia dos programas infantis responsáveis pela minha — e provavelmente de muita gente — história de amor com o veículo. Destaque para as fotografias que ilustram a publicação, uma verdadeira obra de pesquisa.” Anderson Barreto, repórter e produtor do Canal Universitário da Uerj |
“Para aqueles que têm pouco tempo para ‘esfregar o umbigo no borralho’, mas que ainda gostam de preparar sua própria refeição, a série ‘Receitas inéditas da Ofélia’ traz pratos de dar água na boca, de boa qualidade nutricional e com ingredientes fáceis de encontrar. O livro ‘Pratos rápidos para o dia-a-dia’, por exemplo, não ensina a fazer apenas saladas e sopas, mas também sobremesas rapidíssimas. Tais receitas são de autoria da apresentadora Ofélia Anunciato e nunca foram divulgadas na televisão. Os volumes foram organizados por sua filha, Elizabeth, e pelo neto, Rodrigo.” Gésner Las Casas, radialista e jornalista da Rede CBS |
“Esta recomendação é específica para depois do carnaval, quando a folia passa e a vida volta ao ‘normal’ de sempre, com suas mazelas e penduricalhos, muitos dos quais indesejáveis. O livro é ‘Quem somos nós’, mesmo título do filme que trata a física quântica como uma possibilidade de alterar a realidade diária. Parece pesado, mas não é. Os autores do livro e criadores do filme, William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicente, explicam a realidade, a física quântica e suas possibilidades com uma linguagem fácil e exemplos muito claros. Mas, detalhe: o livro não é de auto-ajuda!” Joseti Marques, doutora em Comunicação e Diretora da Pós-Graduação da Faculdade Senac |
“Poucas vezes se terá a oportunidade de ler algo tão necessário e básico para a formação como jornalista, de uma forma tão séria, profissional e aprofundada, quanto em ‘Os melhores jornais do mundo — uma visão da imprensa mundial’, do nosso mestre Matias Molina, criador da moderna Gazeta Mercantil. Não dá para ler de um fôlego, tantas são as informações e os detalhes do histórico da formação de cada jornal. Além dos óbvios The Times, Le Monde, NYTimes, Wall Street Journal e Washington Post, você tem os japonses Nihon Keizai Shimbun e Asahi Shimbum, o italiano Corriere della Sera, os alemães Frankfurter Allgemeine e Süddeutsche Zeitung, o suíço Neue Zürcher Zeitung, o canadense Globe and Mail, o norte-americano Los Angeles Times, o francês Figaro e o caçula, o espanhol El País. Se o colega ainda não conseguiu um exemplar, não sabe o que está perdendo: eu ganhei e estou tentando ler/degustar com calma, para suprir minhas falhas de informação, que me parecem um queijo suíço depois do Molina.” Celso Barata, ex-editor da Internacional e chefe dos correspondentes estrangeiros do Jornal do Brasil |
“Recomendo o novo livro de Richard Dawkins, ‘Deus, um delírio’ (Companhia das Letras, 528 páginas), que aparece na liderança dos mais vendidos de não-ficção nos últimos tempos. O autor argumenta em favor do ateísmo, assinalando que a maior parte dos cientistas, inclusive o físico alemão Albert Einstein, que viveu entre 1879 e 1955, cuidava de fazer vagas profissões de fé deísta apenas para não chocar os espíritos religiosos.” Gésner Las Casas, radialista e jornalista da Rede CBS |
“Narrado pela Morte, ‘A menina que roubava livros’ conta a história de Liesel Meminger, uma menina entregue pela mãe a um casal alemão numa cidade perto de Munique, em 1939. Deste ano até 1943, Liesel encontra a morte três vezes, porém escapa dela. Assim como a narradora explica em outras palavras, o romance resume-se a uma história sobre uma menina, algumas palavras, um acordeom, alemães fanáticos, um lutador judeu e uma porção de roubos… de livros. O autor, Markus Zusak, mostra habilidade e uma sensibilidade incrível ao tratar de maneira tão leve a opressão e a violência que envolvem o ser humano.” Gabriela Miranda, assessora de Comunicação da Revista Imprensa |
“Recentemente li uma obra bem interessante: ‘Conectado, o que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela’, de Juliano Spyer (Jorge Zahar). Trata-se de um livro sobre sites colaborativos, sem fins lucrativos, e ferramentas ‘socializantes’ da web, como Orkut, MSN e Wikipedia. O interessante é que alguns endereços mencionados não visam lucro, mas acabam se tornando bem lucrativos em função do sucesso que alcançam. É uma boa fonte de idéias para quem trabalha desenvolvendo sites ou conteúdo para a internet. Atualmente estou voltado para a ciência, lendo ‘O mundo assombrado pelos demônios’, de Carl Sagan (Companhia de Bolso), sobre como o misticismo e a religião influenciam uma sociedade contaminada pelo vírus do analfabetismo científico. Há alguns dias, vi um lançamento que me interessou. Trata-se de ‘O jogo imortal: o que o xadrez nos revela sobre a guerra, a arte, a ciência e o cérebro humano’, de David Shenk (Jorge Zahar), que deve agradar especialmente quem gosta de se distrair fitando o tabuleiro por um longo tempo.” Carlos Eduardo Cardoso, repórter-aéreo das rádios JB FM e FM O Dia |