Banner 1
Banner 2
Banner 3

Destaque para os jornais alternativos de Natal-RN


05/01/2010


A trajetória de alguns jornais de bairro de Natal foi destaque na publicação do suplemento Nós, do RN…, do Diário Oficial do Rio Grande do Norte, edição nº 54, de 2009. A reportagem é de autoria do jornalista Edson Benigno, que fez um mapeamento dos veículos de imprensa que marcaram a comunicação da mídia alternativa do Estado nordestino.

A publicação dá uma pincelada em vários veículos que se diferenciam entre si, como por exemplo, o jornal Zona Sul, que nasceu em 1991. Inicialmente intitulado de Ponta Negra, o jornal representava a comunidade para defendê-la diante dos órgãos públicos.

Em 1998, foi lançado o Informativo Potilândia, que nasceu com o intuito de divulgar os acontecimentos do seu bairro de origem. Na mesma linha foram criados, anteriormente, o Jornal Esperança (1983), cujo projeto editorial não só enfocava tudo sobre o bairro, como também a questão artístico-cultural. O editor era Roberto Bezerra. Depois surgiu o jornal A Ponte, criado por Walter Medeiros e outros jornalistas, e que transitava pelas notícias da Zona Norte.

Alguns jornais nasceram da necessidade de defender uma classe social, como o Jornal da Saúde (2000), com informações de interesse de toda a sociedade, cujo fundador foi Francisco Duarte Guimarães e o jornalista responsável é Edson Benigno. Há também veículos como o jornal Delírio Urbano, lançado por Carlos Astral, em 1985, que tinha como conceito editorial o cenário cultural, por meio de poesias, quadrinhos e contos.

Outras publicações de destaque foram o quinzenal Folha Poética (1983) de poesias natalenses e o Jornal Brasil Notícias (2000) de concursos e classificados. Em 1989, o jornalista Edson Benigno lançou O Potengi, com participações dos jornalistas Valdir Julião e Fernando Cardoso. Era um jornal de Natal se expandindo por outras regiões do Rio Grande do Norte, atingindo os Municípios de São Paulo do Potengi, Lagoa de Velhos, Bom Jesus, Caiçara do Rio dos Ventos, Ielmo Marinho e Macaíba. O enfoque era para desenvolver toda a região de Potengi.

Nos Municípios do RN circulavam o Engenho da Notícia (1998), produzido pela Terceira Oficina de Jornalismo “Genival Rabelo”, sob orientação do jornalista Paulo Augusto. Importante veículo foi a Folha Apodiense (1997), que continha colunas como “Curiosidades”, “Perfil”, “Provérbios Populares” e “Dito e Feito”. Alguns meses depois o jornal mudou o título para Folha de Apodi.

Na linha jovem foi criado o jornal Pandang, cuja circulação era feita em colégios de Natal. Em 1989, surgiu o Cebola Faz Chorar, voltado para o humor, produzido por alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Sua linguagem era específica, tanto que até o expediente tinha toques de humor, como Diretores “irresponsáveis”: Carlos Magno Araújo, Robson Eduardo e Isaac Ribeiro.

A revista Cabra (1978) foi criada pelo grupo Cabra, formado por jovens que trabalhavam com arte alternativa no RN e teve a colaboração do já reconhecido Henfil. Uma outra revista lançada em 1979 foi a Cacto, de informação e poesia.

Na história dos jornais alternativos do Rio Grande do Norte ganharam destaque também os seguintes veículos: A Fofoca; A Gazeta; A Matraca; A Ribeira, fundada por Guto de Castro e Walfran Mata; A Voz do Aminter; A Voz do Intersindical; A Voz do Panorama; A Voz de Pirangi, fundado por Nadja Lira; Candelária Viva; Correio Popular; Fala Mãe Luiza, de responsabilidade do Centro Sócio Pastoral Nossa Senhora da Conceição; Fala Neópolis, cujo editor responsável era Sérgio Levy; Jornal das Quintas, editado por Francisco Duarte; Jornal da Zona Norte; e o Jornal do Alecrim, que tinha Francisco Macedo como editor e Racine Santos como diretor. 

A imprensa alternativa também floresceu no interior do Rio Grande do Norte, onde os principais jornais em circulação foram: A Crise; A Crítica; Amigo da Cidade; Correio da Semana; Correio do Seridó; Correio Seridoense; Folha de Ceará-Mirim; Folha de Currais Novos; Folha de Florânia; Folha de Macaíba e Folha de Macau.

De acordo com o repórter Edson Benigno, os jornais alternativos surgiram com o objetivo de defender interesses comunitários, acrescentando informações relevantes sobre cultura e outros assuntos.