17/04/2025
Após meses de articulação entre movimentos sociais e vereadores progressistas, a Câmara Municipal de São Paulo oficializou, na segunda-feira (15), a criação da Bancada de Direitos Humanos, uma frente parlamentar que surge como contraponto às pautas conservadoras e de extrema direita que dominam parte do debate político nacional.
A iniciativa partiu de diálogos entre mais de 100 entidades ligadas à defesa de direitos fundamentais e vereadores de partidos como PT, PSOL, PSB e PSD, sob coordenação do sempre ativista Antonio Funari, figura central nas discussões. O vereador Nabil Bonduki (PT) lembrou que a ideia foi proposta ainda em setembro de 2024: “O Funari me trouxe essa proposta como uma necessidade urgente diante do cenário de ataques aos direitos sociais”, afirmou em seu momento de fala para mais de 300 pessoas presentes.
O lançamento ocorreu no Salão Nobre da Câmara, conduzido pela vereadora Luna Zarattinni (PT), líder da bancada petista e presidente da Comissão de Direitos Humanos da casa. O evento contou com a presença da deputada federal Érica Hilton, dos deputados estaduais, Eduardo Suplicy (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (ALESP), e Emídio de Souza (PT), além de representantes de movimentos sociais.
Memória e resistência
Em dois momentos solenes, os participantes fizeram um minuto de silêncio: primeiro, em homenagem a Grenaldo de Jesus da Silva e Denis Casemiro, vítimas da ditadura militar; depois, para lembrar Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito conhecido por sua atuação em defesa dos direitos humanos, sendo aplaudido pelos presentes.
Violência policial interrompe ato reprimindo moradores da favela do Moinho, momento de ação dos vereadores.