01/02/2007
Rodrigo Caixeta
O Departamento de Assistência Social da ABI está preparando algumas novidades para este ano. De acordo com Paulo Jerônimo de Souza (Pagê), Diretor do DAS, estão em via de serem retomados os atendimentos na área de ginecologia, especialidade suspensa durante um período, em razão da aposentadoria do médico responsável. Uma nova especialista, que já dispõe de consultório para começar a realizar os atendimentos, acaba de fechar contrato com a Associação. A Comissão Diretora do Departamento trabalha agora na captação de outros médicos para as áreas de pediatria, otorrinolaringologia e urologia.
Há um ano à frente do DAS, Pagê diz que o objetivo maior de sua gestão é fechar convênios com entidades de saúde para beneficiar ainda mais os associados que, estando quites com as mensalidades, dispõem de pronto atendimento pronto no Pavilhão Pedro Ernesto, no 6º andar do edifício-sede da ABI (Rua Araújo Porto Alegre, 71 — Centro do Rio). Segundo ele, a grande preocupação é conseguir preços acessíveis para os jornalistas que têm idade avançada e renda mensal predominantemente baixa:
— A faixa etária da maior parte de nossos associados é de mais de 60 anos, quando os aumentos nos planos de saúde atingem valores absurdos.
Maria Helena Modesto Vieira, chefe do DAS, conta que os atendimentos médicos na ABI acontecem desde a sua fundação, em 1908:
— A finalidade da Associação é prestar assistência social à classe jornalística. O Pavilhão Pedro Ernesto é a parte do DAS que funciona bem até os dias de hoje. São também atribuições desta seção prestar aos jornalistas assessoria jurídica e educativa, serviços que devem ser restabelecidos em breve.
Paulo Jerônimo de Souza |
Inteligência
Pagê diz que os primeiros diretores da ABI foram inteligentes ao ceder espaços do prédio para a instalação de consultórios. Em troca do atendimento aos associados, os médicos dividem as despesas com a manutenção do 6º andar. O Diretor do DAS faz questão de frisar que os atendimentos não são restritos aos associados da entidade, mas também aos jornalistas sindicalizados e aqueles que estiverem passando por necessidades:
— Baseado no relatório de atividades do exercício 2005/2006, o DAS realizou 12.589 procedimentos gerais, incluindo expedição de guias para consultas médico-odontológicas, exames laboratoriais e atendimentos de enfermagem. E, em parceria com a ONG Médicos Solidários, realizou 6.890 consultas em comunidades carentes, através do Projeto Saúde Solidária.
A ABI tem convênios com hospitais como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Santa Casa de Misericórdia e a Policlínica do Rio de Janeiro. Nos estabelecimentos e consultórios conveniados (confira a lista no site), os associados têm atendimentos por preços simbólicos. Mensalmente, a Comissão Diretora do DAS — composta pelos jornalistas Maria Vitarelli (que também é médica), Eloy Santos, Ilma Martins da Silva, José Rezende Neto, Maria Ignez Duque Estrada e Alessandro Rocha Fonseca, além de Pagê e Dona Maria Helena — reúne-se para discutir novas propostas e o andamento das atividades:
— Os atendimentos no 6º andar — diz Pagê — são uma tradição na ABI. Eu mesmo uso este serviço desde a década de 60. Neste momento, a equipe do DAS faz um levantamento dos convênios, pois estamos na fase da atualização e revisão dos contratos. Pensamos também em novas formas de divulgação dos serviços oferecidos.
Usuário
Antonio Avellar |
Antonio Avellar, colunista do ABI Online, é um dos usuários freqüentes dos serviços oferecidos pelo DAS. Vai ao oftalmologista pelo menos uma vez ao ano, ao dentista, periodicamente e já fez mais de duas operações com o cirurgião plástico (as intervenções, não cosméticas, foram pagas pelo jornalista, mas a um preço mais baixo do que normalmente seria cobrado). Ele diz que os atendimentos de ortopedia, acupuntura e fisioterapia também são bons:
— Em momentos de crise como a ABI tem vivido nos últimos anos, é louvável ter estes serviços funcionando regularmente. Acredito que com a dinâmica do Presidente Maurício Azêdo possa haver melhoras consideráveis nos atendimentos e até mesmo ampliação dos mesmos. Uso esses serviços há uns 20 anos e recomendo até para quem não é associado.
Avellar diz que houve uma época em que se especulou o fim dos serviços prestados pelo DAS, o que o preocupou, pois os considera uma das principais vantagens oferecidas aos associados:
— O atendimento é de uma eficiência que você não encontra aí fora, mesmo pagando uma fortuna. Se se mantiver este padrão, está ótimo. Mas poderia ser ainda melhor se fossem oferecidas mais especialidades e laboratórios, porque os exames são caros. O DAS cumpre a sua função social e, pela mensalidade que se paga, é excelente. As consultas particulares custam um absurdo. Nós temos isso aqui na ABI praticamente de graça.