24/11/2024
Por Lu Lacerda, em Veja Rio
Depois da confirmação de Ainda estou aqui (que certamente vai virar um clássico pelo tema central, não é historinha fugaz) como um dos elegíveis ao Oscar, na quinta (21/11), moradores da Tijuca aproveitam a repercussão do filme para pedir um “tapa” no visual do busto de Rubens Paiva, criado pelo escultor Edgar Duvivier, que está instalado dando as costas para Batalhão de Polícia do Exército, na Praça Lamartine Babo.
A escultura está manchada (muito com cocô de pombos que ficam aos montes na pracinha), e o jardim ao redor está com mato alto, além de um reforço na base do monumento, que foi inaugurado em 2014, onde onde funcionava o antigo DOI-Codi nos anos da ditadura (onde ele foi torturado e morto).
O longa conta a história da família Paiva, pela trajetória de Eunice Paiva (Fernanda Torres), viúva de Rubens, morto pela ditadura.
O diretor Walter Salles se inspirou no livro do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado federal e engenheiro, que se tornou o mais vendido da Amazon brasileira esta semana.
O longa ultrapassou um milhão de espectadores nos cinemas e já arrecadou mais de R$ 23,5 milhões em bilheteria desde o dia 7 de novembro.
No dia 7 de outubro, numa audiência do Conselho de Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), realizada na ABI, o presidente da entidade, Octávio Costa, e o jornalista Álvaro Caldas, pediram o tombamento do quartel da PE da Rua Barão de Mesquita, que foi centro de torturas durante a ditadura militar, onde foram assassinados Rubens Paiva e Mário Alves, entre outros, e sua transormação num Memorial em homenagem às vítimas da ditadura.