27/06/2008
1805 — Casam-se, no Rio de Janeiro, Francisco José de Assis e Inácia Maria Rosa, avós paternos de Machado de Assis.
1806 — Nasce, no Rio de Janeiro, o pai de Machado de Assis, Francisco José de Assis. É batizado na Igreja de N. S. do Rosário e São Benedito, então sé da cidade.
1809 — Casam-se, em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel dos Açores, José e Ana Rosa Machado da Câmara, avós maternos do escritor.
1812 — Nasce, em Ponta Delgada, Maria Machado da Câmara, mãe do escritor.
1815 — José e Ana Rosa embarcam para o Brasil, com a filha e um irmão, no movimento de imigração açoriana incentivado por D. João VI.
1821 — Nasce Maria Inês da Silva, que viria a ser madrasta do escritor.
1838 — Casam-se, no Rio de Janeiro, os pais de Machado de Assis, ele pintor e dourador, ela agregada da chácara da rica portuguesa D. Maria José de Mendonça Barroso. O matrimônio é celebrado na capela da chácara, no Morro do Livramento.
1839 — Em 21 de junho, nasce, no Rio de Janeiro, Joaquim Maria Machado de Assis, filho legítimo de Francisco José de Assis e Maria Leopoldina Machado de Assis (ela adotou o nome Leopoldina no Brasil, provavelmente em homenagem à mãe de D. Pedro II). No mesmo ano, nascem Casimiro de Abreu e Floriano Peixoto.
1840 — D. Pedro II completa a maioridade.
1841 — Nasce a irmã de Machado, Maria.
1845 — Morrem, durante uma epidemia de varíola, a irmã, de 4 anos de idade, e a madrinha do escritor, D. Maria José de Mendonça Barroso. Na Inglaterra, é aprovada a Lei Aberdeen, declarando piratas os navios negreiros brasileiros.
1847 — Nasce Castro Alves.
1849 — Morre, tuberculosa, Maria Leopoldina, mãe de Machado. Nasce Rui Barbosa.
1850 — É assinada a Lei Eusébio de Queirós, proibindo o tráfico de escravos para o Brasil.
1854 — Francisco José, pai de Machado de Assis, casa-se com Maria Inês da Silva. Acredita-se que no mesmo ano o jovem Machado foi trabalhar na tipografia de Paula Brito, na atual Praça Tiradentes. Em 3 de outubro, publicou na Marmota Fluminense o que, até o momento, consta como seu primeiro poema, o soneto “À Ilmª Srª D.P.J.A”. Começa a Guerra da Criméia.
1855 — Machado continua a colaborar regularmente com poemas na Marmota Fluminense, de Paula Brito. Nasce Artur Azevedo.
1856 — É admitido como aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional, exercendo o ofício até 1858. Baudelaire publica “Les fleurs du mal”.
1858 — Segue como revisor de provas de Paula Brito. De 11 de abril até 26 de junho do ano seguinte, escreve em O Paraíba, de Petrópolis. Auxilia o escritor francês Charles de Ribeyrolles na tradução de “O Brasil pitoresco”. Também colabora com o Correio Mercantil, do qual fora revisor. Chega ao Rio o poeta português Faustino Xavier de Novais, irmão de Carolina, futura esposa de Machado.
1859 — Passa a escrever regularmente na revista O Espelho, fazendo crítica teatral, entre outros textos. Casimiro de Abreu publica “As primaveras”.
1860 — Machado entra como redator para o Diário do Rio de Janeiro, onde permanece até 1867. Deste ano até 1875, escreveu para A Semana Ilustrada, do alemão Henrique Fleuiss. Morre Casimiro de Abreu.
1861 — Publica a comédia “Desencantos” e a sátira “Queda que as mulheres têm para os tolos”. Morre Manuel Antônio de Almeida. Nasce Cruz e Sousa.
1862 — Colabora com a revista O Futuro, de Faustino Xavier de Novais, e o Jornal das Famílias. É admitido, a 31 de dezembro, como sócio do Conservatório Dramático Brasileiro, onde exerce a função de censor teatral.
1863 Publica o “Teatro de Machado de Assis”, volume que se compõe de duas comédias, “O protocolo” e “O caminho da porta”. Nasce Raul Pompéia.
1864 — Morre Francisco José, pai do escritor, que viaja até Barra do Piraí e publica seu primeiro livro de versos, “Crisálidas”. Inicia-se a Guerra do Paraguai. Morre Gonçalves Dias.
1866 — Com a morte, no Porto, da mãe de Faustino Xavier de Novais, sua irmã Carolina embarca para o Brasil. Machado lança a comédia “Os deuses de casaca. Também publica, no Diário do Rio de Janeiro, sua tradução do romance “Os trabalhadores do mar”, de Victor Hugo, que sai em três volumes no mesmo ano. Visitando Faustino Xavier de Novais, que enlouquecera, conhece Carolina. Nasce Euclides da Cunha.
1867 — Além de ser agraciado por D. Pedro II com a Ordem da Rosa, no grau de Cavaleiro, é nomeado, a 8 de abril, ajudante do Diretor do Diário Oficial, cargo que exercido até 1874. Morre Baudelaire.
1868 — Em fevereiro, em correspondência aberta com José de Alencar, apresenta o jovem poeta baiano Antônio de Castro Alves.
1869 — A 16 de agosto, morre Faustino Xavier de Novais. A 12 de novembro, Machado casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novais, na capela da casa do Conde de São Mamede, no Cosme Velho.
1870 — A 23 de abril, começa a publicar no Jornal da Tarde uma tradução, logo interrompida, do romance “Olivier Twist”, de Dickens. Lança seu segundo volume de versos, “Falenas”, e “Contos fluminenses”. Castro Alves publica “Espumas flutuantes”. Termina a Guerra do Paraguai.
1871 — É assinada a Lei do Ventre Livre, em 28 de setembro.
1872 — Publica seu primeiro romance, “Ressurreição”, e integra a comissão do Dicionário Marítimo Brasileiro. Morre Castro Alves.
1873 — Publica o livro de contos “Histórias da meia-noite” e a tradução de “Higiene para uso dos mestres-escolas”, do Dr. Gallard. É nomeado, a 31 de dezembro, Primeiro-oficial da Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
1874 — De 26 de setembro a 3 de novembro, publica, em O Globo, o romance “A mão e a luva”, editado no mesmo ano.
1875 — É fundada a Gazeta de Notícias, em que Machado de Assis muito colaborará. Publica seu terceiro volume de versos, “Americanas”.
1876 — A partir de julho, e até abril do ano seguinte, escreve em todos os números da revista Ilustração Brasileira. De 6 de agosto a 11 de setembro, publica no Globo o romance “Helena”, editado no mesmo ano. em 7 de dezembro, é promovido a Chefe de Seção da Secretaria de Agricultura.
1877 — Morre seu grande amigo José de Alencar.
1878 — De 1º de janeiro a 2 de março, publica, em O Cruzeiro, o romance “Iaiá Garcia”, editado no mesmo ano. Sua colaboração na publicação continua até 1º de setembro. A 27 de dezembro, entra em licença e segue, doente dos olhos e dos intestinos, para Friburgo, onde fica até março de 1879. Durante o período, começa a escrever “Memórias póstumas de Brás Cubas”.
1879 — Em junho, começa a escrever na Revista Brasileira. No mês seguinte, e até pelo menos 31 de março de 1898, escreve na revista A Estação, em que publica, entre outros trabalhos, o romance “Quincas Borba”.
1880 — A 6 de fevereiro, entra novamente em licença, por estar sofrendo dos olhos. A 28 de março, é designado Oficial-de-gabinete do Ministro da Agricultura, Manuel Buarque de Macedo. Quando Pedro Luís Pereira de Sousa assume o Ministério, permanece exercendo as mesmas funções. É representada, no Teatro de D. Pedro II, a comédia “Tu só, tu, puro amor…”, por ocasião das festas organizadas pelo Real Gabinete Português de Leitura para comemorar o tricentenário de Camões. Publica, na Revista Brasileira, o romance “Memórias póstumas de Brás Cubas”.
1881 — Publica em volume as “Memórias póstumas de Brás Cubas” e “Tu só, tu, puro amor..”. Até 28 de fevereiro de 1897, escreve com assiduidade na Gazeta de Notícias; depois, até 2 de junho de 1904, sua colaboração torna-se esporádica. Entre outras seções, redige as famosas crônicas intituladas “A semana”. Morre Dostoiévski.
1882 — Publica o livro de contos “Papéis avulsos”. A 5 de janeiro, entra em licença de três meses para tratar-se em Nova Friburgo.
1884 — Publica “Histórias sem data” e muda-se, com Carolina, para a Rua Cosme Velho, 18, onde viverão até morrer. Antes, haviam morado na rua da Lapa, na das Laranjeiras e na do Catete. O chalé em que viveram, um dos cinco de propriedade da Condessa de São Mamede, seria demolido na década de 1930.
1885 — Morre Victor Hugo.
1886 — Sai o volume “Terras, compilação para estudo”, redigido por Machado.
1888 — Por decreto da Princesa Isabel, Regente do Império, é elevado a oficial da Ordem da Rosa. Lei do 13 de Maio. Desfila, no dia 20 do mesmo mês, no préstito organizado para celebrar a Abolição. Raul Pompéia publica “O Ateneu”.
1889 — Em 30 de março, é promovido a Diretor de Comércio, na Secretaria da Agricultura. A República é proclamada, o que provoca o exílio da família imperial.
1890 — Visita as fazendas da Companhia Pastoril Mineira, em companhia de Carolina e dos barões de Vasconcelos. Aluísio Azevedo publica “O cortiço”.
1891 — “Quincas Borba” é publicação em volume. Morrem Maria Inês, madrasta de Machado, D. Pedro II e Rimbaud.
1892 — Em 3 de dezembro, assume a Direção-geral do Ministério da Viação.
1895 — Volta a escrever na Revista Brasileira (fase Verissimo), até outubro de 1898. Raul Pompéia comete suicídio. Morre Pasteur. A primeira sessão de cinema é realizada em Paris.
1896 — Publica “Várias histórias”. Em 15 de dezembro, dirige a primeira sessão preparatória da fundação da Academia Brasileira de Letras e tem atuação preponderante na criação deste instituto, o qual preside até o fim da vida. Morre Floriano Peixoto.
1897 — Acontece a Guerra de Canudos.
1898 — Em virtude da reforma no Ministério da Viação, é posto em disponibilidade em 1º de janeiro, retornando como Secretário do Ministro Severino Vieira. Posteriormente, exerce as mesmas funções com Epitácio Pessoa e Alfredo Maia. Sílvio Romero publica livro sobre Machado.
1899 — Machado lança “Dom Casmurro” e “Páginas recolhidas”.
1901 — Publica “Poesias completas”, em que aparece seu novo e maior livro de poemas, “Ocidentais”. Santos Dumont circunavega a Torre Eiffel.
1902 — Retoma o cargo de Diretor da Secretaria da Indústria, no Ministério da Viação, em 18 de novembro. Um mês depois, assume a Direção-geral de Contabilidade no Ministério. “Os sertões”, de Euclides da Cunha, é publicado.
1904 — Publica o romance “Esaú e Jacó”. Em janeiro, segue para Friburgo, com a esposa enferma. Carolina morre em 20 de outubro, dias antes de completarem 35 anos de casados. No Rio, acontece a Revolta da Vacina.
1906 — Publica “Relíquias de casa velha”, que abre com o célebre soneto “A Carolina”. Santos Dumont faz o primeiro vôo com o 14 Bis. Morre Pedro Américo.
1908 — Publica seu último romance, o “Memorial de Aires”. Em 1º de junho, entra em licença médica. Morre na madrugada de 29 de setembro, às 3h20, em sua casa; é enterrado, segundo sua determinação, na sepultura de Carolina, no jazigo perpétuo 1359, no São João Batista. Nasce João Guimarães Rosa.