31/01/2006
Rodrigo Caixeta
03/02/2006
Ainda durante a faculdade de Jornalismo, Breno Fortes começou a fotografar, atividade que encantava desde criança. Profissionalmente mesmo, porém, só estreou em 2003, quando foi contratado pela Fotografia do Correio Braziliense:
— Comecei no jornal como estagiário, em 2001, e passei por vários setores. Quando me formei, sabia que minha vocação era a fotografia. Fiz então uma espécie de estágio na seção, até ser efetivado como profissional.
No currículo, Breno acumula passagens por uma agência de publicidade, uma empresa de informática — em que dava cursos — e o Departamento de Recursos Humanos do Correio Braziliense. Embora novato na profissão, Breno diz que já cobriu muitos protestos, manifestações do MST e incêndios, entre outros acontecimentos que lhe renderam boas fotos e capas no jornal:
— No fotojornalismo não temos a oportunidade de repetir uma mesma situação, por isso um clique certeiro é a grande busca do fotógrafo. No entanto, é também imprescindível que o profissional seja bem informado e tenha ótimo conhecimento de informática, de softwares como o Photoshop, já que hoje a fotografia é 100% digital nos principais jornais do País e do mundo.
Ao ver sua primeira foto publicada, Breno se emocionou:
— Quando começamos em jornal não publicamos grandes coisas, principalmente porque ainda não temos uma história. Lembro-me bem que a primeira foto que publiquei foi de uma mulher que estava fazendo doação para um banco de leite de Brasília. Ver meu nome publicado no jornal foi um grande prêmio para mim naquele momento.
Entre as coberturas de que já participou, Breno recorda-se de uma passagem curiosa ao ser pautado para um factual:
— Histórias interessantes sempre ocorrem nesses casos, mas, pelo fato de eu ter alguns cursos de primeiros-socorros e experiência nisso, fui fotografar um acidente de trânsito e, quando a ambulância do Corpo de Bombeiros chegou, o bombeiro, que me conhecia, pediu minha ajuda para atender as vítimas. Adivinha o que aconteceu? Perdi a foto.
Breno diz que a fotografia só ganhou com a digitalização:
— Trabalho 100% com equipamento digital. Minha preferência é pelas câmeras da Canon, pois nelas as cores ficam mais bonitas.
Embora diga que os riscos para o fotógrafo são maiores em manifestações — “quando as pessoas tentam quebrar sua máquina ou mesmo agredir a gente” —, Breno certa vez foi ameaçado por um Deputado federal, cujo nome prefere não revelar:
— Eu o flagrei jogando bingo em uma casa de jogos em Brasília, em pleno horário de expediente no Congresso Nacional. Na época, ele falou que, se a foto fosse publicada, ele poderia desaparecer comigo e com a repórter.
Clique nas imagens para ampliá-las:
“Foto tirada |
“Estudantes |
“Pessoas brincam |
“Quando a CEB abriu as comportas…” |
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/A> | ||||||
“Caça F-5, da Força Aérea Brasileira…” |
“A Polícia Militar fez um treinamento…” |
“Show do Charlie Brown Jr…” |
“Movimentação no gramado do Congresso…” |
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“No dia 25 |
“Os manifestantes protestavam…” |
“Este é um flagrante de um jacaré…” |
“Manifestantes de diversos grupos e…” |